03/03/2025
06:40

Ídolo de Atlético e América, Euller aponta quem pode fazer a diferença na final do Mineiro

Euller marcou o nome na história de Atlético e América (foto: Arquivo Estado de Minas e Marcos Michelin/EM/D.A Press)

Vários jogadores defenderam Atlético e América na história, mas nem todos conseguiram se tornar ídolo dos dois clubes como Euller, o Filho do Vento. Em entrevista exclusiva ao No Ataque, o ex-atacante apontou quem pode fazer a diferença na final do Campeonato Mineiro, falou sobre a expectativa para o jogo e relembrou momentos marcantes pelos rivais. 

Euller foi revelado pelo Coelho, em 1988, e fez 79 gols em 236 jogos ao longo de três passagens. Ele ajudou o time a conquistar o título do Estadual em 1993. Já no Galo, o ex-jogador marcou 62 vezes em 169 partidas e levantou a taça da competição em 1995.

Com uma longa história pelos dois times, o Filho Do Vento prefere acompanhar à distância e não declara torcida a nenhum deles. 

“Só acompanho de longe. Tenho gratidão, carinho e amor pelas duas equipes, por todos que trabalham nas duas equipes. Nessas horas, Deus está no controle e vai abençoar a equipe, aquele que mais se esforçar e menos errar, como sempre no clássico. Quando se trata de clássico, aquele que menos erra tem uma grande chance de sair com a vitória. Que vença o melhor”, afirmou.

Euller comemora gol pelo América - (foto: Jorge Gontijo/Estado de Minas)
Euller comemora gol pelo América(foto: Jorge Gontijo/Estado de Minas)

A expectativa de Euller para a final

Euller também prefere não apontar um favorito, mas acredita que o Atlético comandará as ações nos duelos contra o América. A partida de ida da final está marcada para o próximo sábado (8/3), às 16h30, enquanto o segundo jogo será uma semana depois, em 15 de março, no mesmo horário, no Independência. 

“Eu não dou palpite no jogo até porque não aposto (risos). Não tenho dúvidas que será um grande clássico. Claro que o Atlético vai propor mais o jogo, porque sempre foi assim, não dá para ser o contrário. Basta ver a decisão que o Cruzeiro deixou de não querer propor o jogo e acabou sendo eliminado”, explicou. 

“O Cuca é um especialista em aprender com os erros dos adversários, então o Atlético irá propor o jogo. Acho que o América tem que jogar em transições como sempre foi em jogos contra Atlético e Cruzeiro, sempre foi assim”, prosseguiu.

Veloz quando ainda atuava, Euller também foi ágil na hora de escapar das perguntas. O ex-atacante acredita que não é possível apontar um favorito na final devido ao equilíbrio no futebol atual.

“Não digo que tenha um favorito. No futebol hoje não se apontam mais favoritos, mesmo você tendo um grande elenco, um grande time, porque você tem instrumentos hoje, como o VAR, que podem acabar mudando a situação, por exemplo com uma expulsão no início. Hoje fica muito difícil falar quem vai entrar em campo e vai ganhar. Basta ver a Copa do Brasil, em que já temos surpresas, inclusive com o América”, afirmou.

Euller defendeu o Atlético em 169 partidas - (foto: Jorge Gontijo/Estado de Minas)
Euller defendeu o Atlético em 169 partidas(foto: Jorge Gontijo/Estado de Minas)

Atlético x América: quem pode decidir o jogo?

Decisivo em vários jogos ao longo da carreira, Euller apontou o atacante Hulk e o meia Benítez como os grandes jogadores de Atlético e América, mas lamentou o fato de ambos possivelmente não atuarem nas finais, já que se de lesões na coxa direita e esquerda, respectivamente.

Diante disso, o ex-atacante citou outros três como possíveis destaques dos rivais, sendo dois deles do alvinegro. 

“Os dois que eu apontaria estão fora: Hulk pelo lado do Atlético e Benítez pelo lado do América. E os dois são jogadores de definição, embora o Atlético tenha mais jogadores decisivos, como o Rony, o Scarpa, por exemplo, que definem jogadas, têm inteligência”, disse.

“O América também tem o Fabinho que é um jogador que pode decidir. Mas se fosse para apontar um de cada, os dois estão fora”, completou.

Momentos especiais de Euller por Atlético e América

Apesar da longa trajetória no América, Euller não teve dúvidas ao escolher o momento mais especial pelo Coelho. Aos 53 anos, ele não esquece a primeira vez em que teve a oportunidade de disputar um clássico pela primeira vez.

“O momento mais especial para mim foi o primeiro clássico que joguei contra o Atlético. Você sobe para o profissional, então fica a expectativa de jogar um grande clássico. Estamos falando do início da década de 1990, o que marcava na vida do América era jogar contra Atlético e Cruzeiro, porque o América estava na Série C”, relembrou.

“Os estaduais tinham grandes valores, o América estava formando um bom time, na época tinha Palhinha, Ronaldo Luiz, então queríamos ganhar de Atlético e Cruzeiro”, explicou.

Euller em ação pelo América diante do Atlético - (foto: Emmanuel Pinheiro/Estado de Minas)
Euller em ação pelo América diante do Atlético(foto: Emmanuel Pinheiro/Estado de Minas)

A lembrança mais marcante pelo Atlético também foi no início da trajetória pelo clube, mais especificamente em 1995, em um amistoso contra o Flamengo, no Maracanã. O Filho do Vento conta que o dia foi especial pela vitória com gol marcado, a apresentação ao lado de outros grandes jogadores e um canto da torcida alvinegra. 

“Foi o meu primeiro jogo com a camisa do Atlético, que foi contra o Flamengo, um dos grandes rivais do Atlético. Um jogo amistoso, apresentação minha, do Taffarel, Paulo Roberto, Doriva, vários jogadores se apresentando no Atlético, centenário do Flamengo, Mineirão lotado, e ganhamos de 3 a 2. Tive a felicidade de fazer o terceiro gol”, disse.

“Foi a minha chegada, então o cartão de visitas foi esse, com gol e ouvindo da torcida do Atlético meu nome com o apelido sendo cantado pela arquibancada pela primeira vez, fazendo esse corinho, “Eu, Eu, Eu, Euller, filho do vento”, porque nos outros lugares era “ole, ole, ole, filho do vento”, depois que vim para o Atlético que ouve isso”, finalizou.

A carreira de Euller

Euller foi emprestado pela equipe do Venda Nova para o América em janeiro de 1988 para a disputa da Taça Rio Juvenil. O curioso é que o então atacante foi negociado pela primeira vez em troca de bolas, beliches, colchões e chuteira.

O primeiro gol como profissional veio em 1991, contra o Rio Branco, no Independência, pelo Campeonato Mineiro. No mesmo ano, o Filho do Vento disputou os clássicos contra Cruzeiro e Atlético. 

O título Mineiro de 1993 abriu a galeria de troféus do atacante, que na temporada seguinte foi defender o São Paulo e trabalhar com Telê Santana. Pela equipe do Morumbi, ele foi campeão da Recopa Sul-Americana de 1994 e vice da Copa Libertadores.

Em 1995, Euller voltou para o futebol mineiro, mas para atuar pelo Atlético. No alvinegro, ele conquistou o regional daquele ano e foi vice da Copa Conmebol. 

Os títulos foram ampliados na passagem pelo Palmeiras, com destaque para a Libertadores de 1999. Depois de desfilar pelos gramados japoneses, no Verdy Kawasaki, o atleta retornou para o futebol brasileiro para jogar no Vasco, onde editou parceira com Romário e se consagrou campeão Brasileiro e da Copa Mercosul, ambos no ano 2000.

O Filho do Vento também foi vitorioso no futebol japonês, com várias conquistas pelo Kashima Antlers. Em 2004, Euller ainda foi campeão paulista com o São Caetano. A emoção mais forte da carreira, citada pelo próprio, foi ter sido convocado para a Seleção Brasileira pela Eliminatória da Copa do Mundo 2002. O jogador deixou sua marca, na estreia, em uma partida contra a Venezuela, mas acabou ficando de fora da lista final de convocados do técnico Felipão.

Confira a matéria completa em: noataque.com.br

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