08/02/2025
15:45

‘Homens reagindo como as fãs de Taylor Swift’ < No Ataque

Neymar em apresentação no Santos (foto: Santos/Divulgação)

A jornalista Milly Lacombe, colunista do UOL, disse que ficou intrigada com a emoção de muitos homens por causa do retorno do craque Neymar ao futebol brasileiro. Ele assinou contrato de seis meses com o Santos.

“O que me intrigou mesmo foi ver a comoção generalizada que a chegada dele gerou. Homens bastante crescidos e até envelhecidos reagindo como as fãs adolescentes de Taylor Swift quando a cantora esteve no Brasil. E somos nós que somos acusadas de sermos emocionalmente descompensadas, seria bom fazer o registro”, disse a jornalista.

“Entendo que o futebol mexa com a gente dessa forma. Acho bonito que assim seja. Mas me intriga a reação descompensada na festa da volta de Neymar que não vimos nem com as voltas de Ronaldo ou de Romário – dois campeões mundiais. Uma reação emocionada que eu não tinha visto, aliás, antes do NeyDay”, acrescentou.

Lacombe apresentou um argumento para essa comoção masculina: “A pesquisadora Valeska Zanello usa o termo ‘casa dos homens’ para falar de como a cultura heterossexual masculina ensina homens a amarem outros homens desde pequenos. São os outros caras que os inspiram, são os outros caras que eles admiram, são os outros caras que são os heróis e super-heróis deles, são os outros caras que são as pessoas que eles celebram e com quem querem passar o tempo. A maioria dos homens não reage desse modo emocionado – quase desesperado – idolatrando mulheres. Eles reservam esse tipo de devoção exclusivamente para outros homens”.

“Entendo que parte da reação exagerada que vimos por todos os lados com a volta de Neymar se deve aos fatores acima. Alguns dos mesmos que criticam mulheres por serem demasiadamente emotivas não pouparam a comoção exagerada e desenvergonhada durante o Ney Day. Deve ser uma delícia ser homem e poder reagir nesses termos quando assim for de sua vontade”, acrescentou.

A jornalista disse que parte dessa idolatria se justifica pela falta de ídolos no futebol brasileiro. “Neymar foi investido de uma genialidade única para jogar bola. Todos percebem esse talento e, ao perceberem, se encantam. Ele coloca o futebol em seu lugar lúdico, sem regras, sem contornos – e com esse aspecto a gente consegue se relacionar imediatamente. Um jogo que está a cada dia mais careta e engessado é, nos pés de Neymar, um jogo de insurreição. Esse Neymar extraordinário e disruptivo não aparece faz tempo e não sabemos se voltará um dia. Mas contamos com sua volta porque ela poderia nos resgatar”.

“Esse Neymar revolucionário existe também no imaginário infantil do videogame. As crianças querem ver esse tipo de ousadia em campo. Neymar foi bastante feliz ao usar a palavra ousadia ontem em sua apresentação. Ele sabe que é isso o que queremos dele. Se teremos, ainda não temos como saber. Depende de treinamento, condicionamento, posicionamento. Mas, se para voltar a brilhar ele precisava de afeto, essa parte está feita com sobras e com um tanto de histeria. O resto agora é com ele”, adicionou.

Confira a matéria completa em: noataque.com.br

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