25/11/2024
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Ex-meia do Cruzeiro compara gestões da SAF e revela como Pedrinho chegou ao clube < No Ataque

Ronaldo Fenômeno e Pedro Lourenço (foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

Em participação no podcast Bochechando, do jornalista e apresentador Lauro Lopes, o ex-jogador Wagner comparou as gestões da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro. O ex-meia da Raposa analisou o trabalho de Ronaldo Fenômeno antes da venda do clube-empresa para Pedro Lourenço, em abril deste ano. 

De acordo com Wagner, Ronaldo teve papel muito importante na organização e expansão da marca do Cruzeiro pelo mundo. No entanto, ele afirmou que o empresário pecou ao dividir sua atenção com outros negócios e não se concentrar na força do clube mineiro. 

“Para o atual momento em que o Cruzeiro estava, foi muito boa a vinda dele. Os olhares do mundo ficaram voltados para o Cruzeiro. Ele é uma pessoa que tem uma imagem muito forte mundialmente, então ajudou para caramba, trouxe patrocínio e muitas coisas boas. Só que, como grandes empresários, quando você tem muitas coisas, não consegue ficar de olho só em uma. Então, o Cruzeiro, diante do leque de coisas que ele tinha, era só mais uma. E o Cruzeiro, se você pegar a história e o que ele significa, não pode ser tratado como mais um”. 

– Wagner, ex-meia do Cruzeiro.  

“A gente está falando de um Cruzeiro que tem décadas de história, campeão, jogadores importantes sendo revelados e uma equipe, torcida, estádio e cidade que é muito forte no cenário brasileiro. Na hora que ele não entendeu isso, ele começou a ser muito cobrado. Cobranças de que tinha que ter mais jogador, mais investimento, só que ele começou a tratar como uma empresa normal. E no futebol é diferente”, completou.

Trabalho de Ronaldo à frente da SAF

Ronaldo assinou o termo de compra da SAF em dezembro de 2021, mas só assumiu oficialmente o posto de dono das ações no início de 2022. No primeiro ano de trabalho, o Fenômeno conquistou o título da Série B do Campeonato Brasileiro e, consequentemente, o acesso à Primeira Divisão.

No ano seguinte, contudo, o Cruzeiro oscilou. Com apostas da diretoria na montagem do elenco, o time lutou contra o rebaixamento até as rodadas finais, mas permaneceu na elite e, de quebra, conseguiu uma vaga à Copa Sul-Americana. 

Em 2024, Ronaldo viveu seu momento de maior pressão no clube, a ponto de vender as ações da SAF para Pedro Lourenço em abril. O Cruzeiro ficou com o vice do Campeonato Mineiro, foi eliminado na primeira fase da Copa do Brasil e começou mal a Sul-Americana. 

Wagner revela quando Pedrinho chegou ao Cruzeiro 

Para Wagner, faltou a Ronaldo a paixão pelo Cruzeiro para que o projeto desse certo. Por isso, o ex-atleta acredita que Pedrinho, torcedor fanático pelo clube celeste, terá sucesso no empreendimento. 

“Se agora você pega o Pedrinho, a vida dele é o Cruzeiro. Quando estava, o Pedrinho tinha acabado de chegar no Cruzeiro, quem trouxe foi o José Maria (Fialho). Ele trouxe o Pedrinho um dia lá no jogo e ele foi conhecendo os bastidores. Foi ali que ele começou a aparecer. Hoje, o Cruzeiro para ele é a coisa mais importante da vida. O tratamento é diferente, as coisas vão caminhar bem com ele”, disse. 

Pedrinho se aproximou do futebol por meio de José Maria Fialho, ex-vice-presidente do Cruzeiro no mandato de Zezé Perrella, em 2009.

Passagem do meia pela Raposa

Contratado em 2004 juntamente com o atacante Fred – ambos pertenciam ao América -, Wagner esteve em campo 219 vezes e marcou 36 gols pelo Cruzeiro. Ele viveu o auge técnico da carreira na Toca ao ser campeão dos Mineiros (2006, 2008 e 2009), foi vice da Copa Libertadores de 2009 e conseguiu chegar à Seleção Brasileira. 

Em 2020, Wagner esteve perto de regressar ao Cruzeiro a pedido do técnico Adilson Batista, porém foi vetado pelo conselho gestor que administrava o clube. O jogador, então, transferiu-se para o Juventude, onde permaneceu até 2021. 

O ponto final da carreira foi em 2022, aos 37 anos, pelo Vila Nova de Goiás.

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