Nessa segunda-feira (5/8), o Brasil foi derrotado pelos Estados Unidos, por 3 a 1, e deixou o torneio de vôlei masculino na Olimpíada de Paris 2024. Após a eliminação, o ponteiro Leal, tricampeão mundial pelo Sada Cruzeiro, anunciou que não vestirá mais a camisa da Seleção Brasileira.
Leal, de 35 anos, nasceu em Havana, capital de Cuba. Em 2012, mudou-se para o Brasil para defender o Sada Cruzeiro e criou grande identificação com o país, optando por naturalizar-se brasileiro. Deixou a Raposa em 2018, após conquistar 25 títulos, para jogar na Itália.
“Quero começar dizendo que amo o Brasil. Escolhi esse país para vestir a camisa, e fiz isso com amor e muita dedicação desde 2019. Sabia da responsabilidade que tinha e assumi isso. Foi muita entrega, empenho e muito treino. Trabalhamos demais para buscar uma medalha olímpica em Tóquio e em Paris”, escreveu o ponteiro, em publicação no seu Instagram.
“Infelizmente não deu pra ajudar a conseguir essa medalha para o Brasil. Saio de cabeça erguida porque sei que me entreguei por inteiro. Nesse período com a camisa do Brasil, tivemos títulos, medalhas importantes e vivemos ótimos momentos! Fui muito feliz!”, continuou.
Leal se naturalizou em 2015, mas só pode estrear pela Seleção Brasileira Masculina de Vôlei em 2019. Desde então, foi figurinha carimbada nas convocações e disputou duas Olimpíadas: Tóquio 2020 e Paris 2024. No Japão, o Brasil caiu para o Comitê Olímpico Russo na semifinal. Na disputa pelo bronze, perdeu para a Argentina.
“Obrigado, Seleção Brasileira! Boa sorte a todos que vão seguir com essa história linda que tem a Seleção Brasileira de Vôlei! Vou estar sempre torcendo por vocês!”, completou Leal.
Lucão também indica fim de ciclo na Seleção
Lucão é outro atleta ligado à Raposa que pode se aposentar da Seleção Brasileira após a eliminação na Olimpíada de Paris 2024. O central atua pelo Sada Cruzeiro desde 2022, e se representará no Barro Preto, em Belo Horizonte, para a próxima temporada.
Na zona mista, após a derrota para os Estados Unidos, o jogador de 38 desabafou: “São 19 anos sem férias, oito anos sem participar de um aniversário do meu filho, sem estar presente em casa. Tem uma nova geração chegando com força, chegando bem, que vai ter que ralar bastante. Infelizmente, eles pegaram o vôlei no maior nível de igualdade todos os tempos, mas a gente vai torcer bastante para eles, acompanhar e ajudar no que puder”.
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