Ex-companheira da central Júlia Kudiess no Minas, a também central Carol Gattaz, hoje jogadora do rival Praia Clube, festejou a volta da jovem de 22 anos às quadras nessa quarta-feira (22/1), na vitória por 3 sets a 2 sobre o Brasília, na Arena Unibh, pela 14ª rodada da Superliga Feminina de Vôlei
Júlia estava fora há mais de oito meses, desde o dia 19 de maio, quanto lesionou o ligamento cruzado anterior do joelho direito e teve microfratura do platô tibial durante a vitória do Brasil por 3 sets a 0 sobre a Sérvia, pela Liga das Nações Feminina de Vôlei.
“Que felicidade ver você de volta, Juju”, escreveu Carol Gattaz em post de Kudiess no Instagram festejando o retorno.
Carol Gattaz e Júlia Kudiess no Minas
Carol e Júlia brigaram pela titularidade no Minas, já que a veterana de 35 anos e a jovem de 22 atuam na mesma posição.
Gattaz era peça-chave na escalação inicial até que, em março de 2023, durante partida contra o Flamengo, pela Superliga Feminina de Vôlei, rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito. Para tratar a lesão, precisou se retirar das quadras por nove meses. No período, o técnico Nicola Negro selecionou a central Kudiess para substitui-la.
Após o retorno de Carol, Kudiess estava bem estabelecida e, por isso, a experiente central perdeu espaço. Ela, no entanto, ficou chateada com a gestão do treinador italiano frente à situação: “Tive problema com o meu técnico, o Nicola, mas não pessoal. Muito pelo contrário. Ele é um cara muito bacana, mas a maneira com que ele conduziu o processo da minha volta não me agradou”.
Foi o momento mais difícil da minha vida. A Júlia estava jogando no meu lugar e estava jogando muito bem. Ele não estava errado na escolha que ele fez, né? Claro que a maneira que ele conduziu isso, desde o ano anterior, eu não gostei, mas ele não estava errado de ter colocado ela porque os resultados mostram, a gente foi campeã (da Superliga, da Supercopa e do Sul-Americano), ela jogando e jogando super bem, então, indiscutível
Carol Gattaz
Na visão da atleta, Nicola não deu oportunidade: “São pequenas coisas que eu sei que passei, mas, realmente, não tive chance nenhuma. Nem quando eu poderia ter tido uma chance, porque toda temporada a gente tem alguma brecha, eu não tive”.
O período em que tudo aconteceu deu mais peso à situação. Isso porque Gattaz tinha esperanças de jogar a Olimpíada de Paris. Sem a vitrine do clube, não conseguiu vaga entre as 12 selecionadas por José Roberto Guimarães, técnico da Seleção Brasileira.