O Cruzeiro amargou o vice-campeonato da Copa Sul-Americana de 2024 ao perder para o Racing por 3 a 1. O time celeste vacilou no primeiro tempo e viu o adversário abrir 2 a 0, gols de Martirena e Adrián Martínez. Na etapa final, Kaio Jorge esboçou reação para a Raposa, porém Roger Martínez, no último lance, “matou” jogo para La Academia.
O revés na Sul-Americana traz algumas coincidências com o “pesadelo” da Copa Libertadores de 2009, quando o Cruzeiro perdeu em pleno Mineirão para o Estudiantes, de virada, por 2 a 1. Naquela ocasião, o Mineirão recebeu quase 65 mil torcedores, que acompanharam o craque Verón ditando o ritmo dos argentinos no meio-campo.
A primeira semelhança é a combinação dos uniformes dos algozes da Raposa. Estudiantes e Racing usaram calções pretos e camisas listradas. A diferença é que o clube de Avellaneda tem o azul-claro como cor predominante, enquanto a equipe de La Plata adota o vermelho.
Já o patrocinador master dos times é o mesmo. A RCA é uma fabricante de eletrodomésticos, entre os quais televisores, ar-condicionado, aparelhos de som, fornos elétricos, micro-ondas e aspiradores de pó. A empresa iniciou suas atividades nos Estados Unidos, em 1921.
No Instagram, a RCA parabenizou o Racing pela conquista inédita da Copa Sul-Americana (veja abaixo).
Gols semelhantes
O Cruzeiro sofreu gols semelhantes nas finais da Libertadores de 2009 e na Sul-Americana de 2024. Ambas as jogadas partiram de lançamentos do centro para a ponta, seguidos de cruzamentos na pequena área.
A construção do primeiro gol do Estudiantes começou com Verón no meio-campo. Ele percebeu a ultrapassagem do lateral-direito Cellay em direção à linha de fundo e lançou a bola nas costas de Gerson Magrão.
O ala argentino fez o domínio na ponta e deu o passe para a área. Em um momento de indecisão de Fábio sobre sair ou não da baliza, a bola passou por ele, Leonardo Silva e Thiago Heleno. Sozinho, Gastón Fernández completou para o fundo da rede.
Em Racing x Cruzeiro, o segundo gol dos argentinos saiu em bola longa de Almendra para Salas. O ponta-esquerda ganhou de João Marcelo na velocidade e encontrou Adrián Martínez nas costas de Villalba para finalizar com o gol vazio.
Assim como ocorreu com Fábio em Cruzeiro x Estudiantes na decisão de 2009, Cássio não conseguiu cortar o cruzamento rasteiro, permitindo o caminho livre para o 2 a 0 do Racing.