O Cruzeiro passou sufoco no duelo com o Libertad, no Mineirão, mas avançou na Copa Sul-Americana. O empate por 1 a 1, na noite desta quinta-feira (26/9), garantiu ao time celeste a vaga nas semifinais da competição.
Com a vantagem de 2 a 0 obtida no jogo de ida das quartas de final, há uma semana, no Paraguai, a Raposa abriu 1 a 0 em BH aos 11 minutos do primeiro tempo. Marlon cruzou para a área, e Kaio Jorge cabeceou no contrapé de Martín Silva.
Tudo estava sob controle até a expulsão de Lucas Romero, em razão do segundo cartão amarelo, aos 14 minutos da etapa final. Com um atleta a mais em campo, o Libertad passou a acreditar na possibilidade de reviravolta.
Roque Santa Cruz assusta o Cruzeiro
O empate paraguaio veio aos 26 minutos. Após bola perdida por Kaio Jorge em uma tentativa malsucedida de contragolpe, Iván Ramírez cruzou com perfeição, e Roque Santa Cruz deu um “peixinho” para cabecear no canto esquerdo de Cássio.
Maior artilheiro da história da seleção de seu país, com 32 gols em 112 jogos, o veterano de 43 anos já havia dado bastante trabalho à defesa cruzeirense no confronto no Defensores del Chaco, em Assunção.
Ex-jogador de Bayern de Munique, Blackburn Rovers e Manchester City, Santa Cruz fez o Libertad acreditar que era possível alcançar a virada no Mineirão. Antes de balançar a rede, ele havia carimbado uma bola na trave.
Cássio é decisivo
Enquanto o Libertad passava a gostar do jogo, o Cruzeiro se defendia a todo custo. Eis que o goleiro Cássio teve papel importante para impedir o segundo gol paraguaio.
Novamente em jogada pelo lado direito de Ivan Ramírez, a bola sobrou limpa quase da marca do pênalti para Héctor Villalba. A finalização de primeira tinha endereço certo, mas o goleiro celeste esticou a perna esquerda para fazer uma grande defesa.
Em entrevista à Paramount, Cássio comemorou o resultado no placar agregado e disse que a equipe se complicou um pouco em função do cartão vermelho de Lucas Romero.
“A gente vinha controlando bem o jogo, criando mais chances. O Romero acabou sendo expulso, e a gente precisou se defender um pouco mais, não conseguiu ter tanta posse de bola, mas… tem que se defender do jeito que dá. A gente tomou o gol, mas depois se defendeu bem. E o mais importante, saímos com a classificação”.
Cássio, goleiro do Cruzeiro
Estatísticas da partida
Se no Paraguai o Cruzeiro poderia ter vencido por três ou quatro gols de diferença, em Belo Horizonte a situação foi mais complicada por causa da expulsão de Romero. As estatísticas do SofaScore evidenciam o “peso” de estar com um homem a menos.
No primeiro tempo, a Raposa teve 59% de posse de bola e chutou quatro vezes a gol, contra cinco do adversário.
Na etapa complementar, o Libertad cresceu de forma substancial a partir do momento em que ficou em vantagem no número de jogadores. O escrete paraguaio chegou a 65% de posse de bola, além de 11 finalizações (três no alvo).
Embora Cássio tenha feito efetivamente uma defesa difícil, houve muitos arremates em que a bola “tirou tinta” da trave cruzeirense, causando apreensão nos mais de 52 mil torcedores no Mineirão.