Ex-jogador do Cruzeiro, Ramiro acionou o Corinthians novamente na Justiça. Dessa vez, o clube paulista não cumpriu com o acordo e não quitou a dívida pendente com o meio-campista dentro do prazo estabelecido. O atleta alegou que não recebeu o valor referente ao mês de novembro e dezembro.
Inicialmente, o Corinthians acordou pelo pagamento de R$ 6 milhões em 24 prestações – R$ 250 mil mensais -, mas quitou o valor de apenas 14 e atrasou duas. Além disso, o clube ainda deve pagar mais R$ 600 mil aos advogados de Ramiro.
Por não ter recebido o pagamento de novembro e dezembro, o jogador resolveu ir à Justiça semana passada. O processo foi desarquivado. O Corinthians garantiu que quitou a parcela de novembro após ser acionado por Ramiro, mas permanece com dezembro atrasado.
Caso houvesse atraso de três parcelas, o Corinthians teria que pagar a totalidade do acordo. De acordo com o colunista do Uol, Diego Garcia, faltam R$ 2,5 milhões, além de R$ 250 mil aos advogados. O clube, no entanto, evitou esse desfecho ao efetuar o aporte de novembro.
Vale lembrar que o Corinthians ainda tem uma dívida milionária com o empresário do jogador, Giuliano Bertolucci.
Ramiro foi contratado pelo Corinthians no começo de 2019, na gestão de Andrés Sanchez, a princípio sem custos. O Timão não desembolsou qualquer valor referente à taxa de transferência na época.
O acordo entre Corinthians e Giuliano Bertolucci foi o seguinte: se chegasse qualquer proposta por Ramiro durante a temporada 2019, o alvinegro não era obrigado a liberá-lo, independente dos valores oferecidos. Seria uma decisão unilateral do clube.
A partir de janeiro de 2020, caso alguma instituição topasse pagar 3 milhões de euros (R$ 12,7 milhões na cotação da época), o Corinthians teria duas opções: ou igualar a quantia, adquirindo de vez os 70% dos direitos econômicos e ficar com o jogador, ou liberar Ramiro, não levar nada, mas também se eximir de qualquer pagamento.
O Corinthians decidiu adquirir os 70% dos direitos de Ramiro, mas não conseguiu honrar com o compromisso. O clube chegou a amortizar R$ 6 milhões do débito, mas, devido a juros e correções, o valor saltou de cerca de R$ 13 milhões para R$ 43,2 milhões.