(foto: Reprodução)
A comissão disciplinar da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) determinou, neste domingo (9/3), que o Cerro Porteño terá que disputar as próximas partidas da edição de 2025 da Libertadores Sub-20 com os portões fechados. Também aplicou uma multa no valor de US$ 50 mil (R$ 288,4 mil) ao clube paraguaio.
As punições vêm como consequência dos atos de racismo praticados por torcedores do clube durante partida contra o Palmeiras pela competição na noite da última quinta-feira (6/3), em Assunção. O time brasileiro venceu o confronto por 3 a 0.
A declaração emocionada do jogador do Palmeiras Luighi após torcedores do Cerro fazerem gestos imitando um macaco provocou forte comoção no meio.
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, chegou a defender a exclusão do Cerro Porteño da competição, o que não foi acatado pela confederação que comanda o futebol na América do Sul. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também pediu punição severa ao time paraguaio em denúncia formalizada nesse sábado (8/3).
O Cerro Porteño tem sete dias para recorrer da decisão.
Conscientização contra o racismo
Além das punições desportiva e financeira, a Conmebol determinou que o clube paraguaio publique em suas redes sociais uma campanha de conscientização contra o racismo. Todos os jogadores do Sub-20 da equipe devem participar do conteúdo, que precisa ser previamente aprovado pela confederação.
Caso de racismo
O meio-campista Figueiredo e o atacante Luighi, ambos do Palmeiras, foram alvos de racismo em partida contra o Cerro Porteño pela Libertadores sub-20. O primeiro deixava o gramado para ser substituído quando viu um torcedor, com criança no colo, dirigir-se a ele e fazer gestos imitando macaco. Luighi passou pelo local e também foi vítima dos gestos e recebeu cusparadas.
O atacante tentou alertar o árbitro. Mas o juiz apenas paralisou o jogo momentaneamente para desfazer a aglomeração na parte lateral do gramado. Pouco depois, Luighi foi flagrado chorando no banco de reservas. Na entrevista pós-jogo indignou-se pela falta de questionamento sobre a situação e cobrou a Conmebol.