Apenas dois times da Série A do Campeonato Brasileiro nunca caíram para a Segunda Divisão: Flamengo e São Paulo. Dessa forma, os demais clubes tradicionais do país já experimentaram o descenso ao menos uma vez ao longo da história da competição. Mas uma equipe deixa de ser considerada “grande” ao ser rebaixada?
Para o comentarista Milton Neves a resposta é positiva. Ele, inclusive, “determinou” um número aceitável de quedas para os times do Brasileirão. De acordo com o critério do jornalista, um clube pode sofrer no máximo três rebaixamentos sem perder o “status” de grande do futebol nacional.
“Antigamente, com o Campeonato Brasileiro com mais times e com mais viradas de mesas acontecendo nos nossos tribunais, a máxima que rolava Brasil afora era de que ‘time grande não cai’. Pois é, mas o tempo foi passando e muitos times considerados grandes foram, sim, para a Série B”, iniciou Milton Neves, em sua coluna publicada nesta segunda-feira (23/12) no site UOL.
“Então, como é complicado considerar apenas esse quesito para medir a grandeza de um clube, precisamos mudar um pouco a questão. Por exemplo: com quantos rebaixamentos um time deixa de ser considerado grande? Para mim, no máximo três. Ah, claro, e subindo no primeiro ano de disputa na segundona. Depois disso, ele pode, sim, passar a ser visto como uma força intermediária no futebol nacional”, concluiu o colunista.
Considerando o critério de Milton Neves, times tradicionalíssimos como Athletico-PR, Vasco, Bahia, Fortaleza, Sport, Vitória e Coritiba não poderiam mais ser consideradas grandes equipes, uma vez que já foram rebaixadas mais de três vezes. Outros como Botafogo – campeão do Brasileiro de 2024 – e Grêmio estariam no limite, pois já caíram três vezes.
Veja a lista dos times mais rebaixados da história
- América-MG – 7 (1993, 1998, 2001, 2011, 2016, 2018, 2023)
- Coritiba – 7 (1989, 1993, 2005, 2009, 2017, 2020, 2023)
- Goiás – 7 (1982*, 1993, 1998, 2010, 2015, 2020, 2023)
- Vitória – 6 (1982*, 1991, 2004, 2010, 2014, 2018)
- Sport Recife – 6 (1989, 2002, 2009, 2012, 2018, 2021)
- Santa Cruz – 5 (1988, 1993, 2001, 2006, 2016)
- Avaí – 5 (2011, 2015, 2017, 2019, 2022)
- Criciúma – 5 (1988, 1997, 2004, 2014, 2024)
- Fortaleza – 4 (1983*, 1993, 2003, 2006)
- Vasco – 4 (2008, 2013, 2015, 2020)
- Bahia – 4 (1997, 2003, 2014, 2021)
- Atlético-GO – 4 (2012, 2017, 2022, 2024)
- Athletico-PR – 4 (1989, 1993, 2011, 2024)
- América-RN – 3 (1982*, 1998, 2007)
- CSA – 3 (1982*, 1983*, 2019)
- Figueirense – 3 (2008, 2012, 2016)
- Guarani – 3 (1989, 2004, 2010)
- Joinville – 3 (1982, 1983*, 2015)
- Náutico – 3 (1994, 2009, 2013)
- Paraná – 3 (1999*, 2007, 2018)
- Paysandu – 3 (1983*, 1995, 2005)
- Ponte Preta – 3 (2006, 2013, 2017)
- Portuguesa – 3 (2002, 2008, 2013)
- Botafogo – 3 (2002, 2014, 2020)
- Grêmio – 3 (1991, 2004, 2021)
- Juventude – 3 (1999*, 2007, 2022)
- Ceará – 3 (1993, 2011, 2022)
- Botafogo-SP – 2 (1999*, 2001)
- Bragantino – 2 (1996*, 1998)
- Desportiva – 2 (1982*, 1993)
- Ferroviário-CE – 2 (1982*, 1983*)
- Fluminense – 2 (1996*, 1997)
- Gama – 2 (1999*, 2002)
- Mixto – 2 (1982*, 1983*)
- Palmeiras – 2 (2002, 2012)
- União São João – 2 (1995, 1997)
- Chapecoense – 2 (2019, 2021)
- América-RJ – (1988)
- Atlético-MG – 1 (2005)
- Bangu – 1 (1988)
- Brasília – 1 (1983*)
- Corinthians – 1 (2007)
- Cruzeiro – 1 (2019)
- Galícia – 1 (1983*)
- Grêmio Prudente – 1 (2010)
- Internacional – 1 (2016)
- Internacional-SP – 1 (1990)
- Ipatinga – 1 (2008)
- Itabaiana – 1 (1982*)
- Juventus-SP – 1 (1983*)
- Moto Club – 1 (1983*)
- Nacional-AM – 1 (1982*)
- Remo – 1 (1994)
- Rio Branco-ES – 1 (1983*)
- River do Piauí – 1 (1982*)
- São Caetano – 1 (2006)
- São José-SP – 1 (1990)
- Santo André – 1 (2009)
- Taguatinga – 1 (1982*)
- Treze – 1 (1983*)
- Santos – 1 (2023)
- Cuiabá – 1 (2024)