Depois de 10 temporadas, o meio de rede do Praia Clube não terá Claudinha como protagonista. A levantadora deu uma pausa na carreira para tentar realizar o sonho de ser mãe, mas segue atenta nos passos da antiga equipe. De olho na atuação do clube no mercado, a icônica jogadora avaliou Macris, Ju Carrijo e Milla, companheiras de função, e elogiou outro reforço, a central Carol Gattaz.
Com a certeza de que não entraria em quadra na temporada 2024/25, Claudinha quis explorar outra área, a dos bastidores: “Eu quis saber de todo mundo. Nunca tive curiosidade, mas, no fim, sempre perguntava. Ficava curiosa para saber quem vinha e quem não”.
Para a próxima temporada, o Praia Clube anunciou a contratação de duas levantadoras – Macris e Ju Carrijo – e a renovação de Milla. Enquanto isso, Claudinha e Naiane deixaram a equipe.
Com certeza está em ótimas mãos, e eu falo pelas três. A gente tem a Macris, que é uma levantadora extremamente ousada. É uma característica diferente da minha, mas ela vai trabalhar com outro técnico. Vem de uma segunda Olimpíada, com bagagem no exterior, é mais a adaptação ao time. A Ju Carrijo chega de uma das melhores temporadas da carreira dela. A cada ano que passa, ela melhora muito. E a Milla mostrou, quando a gente mais precisou, muito talento e personalidade
Claudinha, levantadora
Outra novidade que agitou o mundo do vôlei foi a contratação de Carol Gattaz, que vestiu a camisa do Minas por 10 anos. A central arrancou elogios de Claudinha, que alertou que o passado não vai interferir na entrega da atleta de 42 anos e 1,93m.
Quando me falaram que tinha a possibilidade, cara… E pensando na junção Macris-Gattaz, seria muito bacana. A Carol realmente tem uma identificação muito grande com o Minas, mas é uma pessoa que veste a camisa, ama o que faz. Eu joguei com ela por um ano e ela é extremamente dedicada, uma pessoa que se cuida. O que depender de esforço para buscar todos os objetivos dessa temporada, tenho certeza que ela vai dar mais de 100%.
Claudinha, levantadora
Claudinha mantém contato com as colegas de posição. Ela alugou o apartamento onde morava em Uberlândia para Macris: “A gente tem um dengo (com o apartamento) e tal. Não queria colocar para alugar. Mas falei ‘cara, a Macris vai cuidar muito bem’. E nossa empresária é a mesma”;
Com Ju Carrijo, a antiga capitã do Praia Clube troca mensagens no Instagram. Com Milla, a relação é ainda mais curiosa: “O tempo inteiro. Ela é advogada e está me ajudando em algumas coisas”.
Claudinha já avisou que vai sentir saudade de entrou em quadra. Para acalmar os fãs do Praia Clube, equipe que tem forte identificação, disse que pretende ir a Uberlândia para acompanhar o time.
Trio de levantadoras do Praia Clube
Prata em Tóquio 2020 e bronze em Paris 2024, Macris acumula prêmios individuais de melhor levantadora por onde passa. Em 2023/24, atuou pelo Turk Hava Yollari, da Turquia. Antes de ir para o exterior, a levantadora de 1,78m e 35 anos marcou época no Minas – em cinco temporadas, colecionou títulos – três do Campeonato Mineiro, quatro do Sul-Americano, dois da Copa Brasil, três da Superliga Feminina, entre outros. No país, também defendeu São Caetano, São Bernardo, Pinheiros e Brasília. Na Turquia, ainda vestiu as cores do Fenerbahce.
Natural de Uberlândia, Ju Carrijo retorna ao Praia Clube após oito temporadas. A jogadora de 1,77m e 32 anos já passou por Sesi Bauru, Fluminense, Curitiba, Brasília e Sporting-POR.
Campeã do Campeonato Mineiro e da Copa Brasil em 2023/24, Milla renovou com o Praia Clube. A atleta de 1,75m e 32 anos ganhou espaço no elenco praiano já no fim da temporada passada, quando Naiane e Claudinha se ausentaram por lesão. Embora tenha entrado em quadra por causa de circunstâncias adversas, correspondeu e ganhou a confiança do torcedor.
Carreira de Gattaz
Gattaz vestirá a camisa aurinegra pela primeira vez. No Minas, colecionou conquistas. Foram três taças da Superliga Feminina (2018/19, 2020/21 e 2021/22), três da Copa Brasil (2019, 2021 e 2023), cinco do Sul-Americano de Clubes (2018, 2019, 2020, 2022 e 2024), uma da Supercopa (2023) e quatro do Campeonato Mineiro (2017, 2018, 2020 e 2022).
Na Olimpíada de Tóquio 2020, aos 40 anos, ela alcançou a prata e se tornou a brasileira mais velha a conquistar uma medalha olímpica. Lesão importante quebrou a sequência da central na Seleção Brasileira. A longa ausência das quadras interferiu para que ela não fosse convocada para disputar a Liga das Nações de Vôlei (VNL) pela equipe nacional e, consequentemente, a Olimpíada de Paris 2024.
Na extensa carreira, Gattaz já defendeu Rio Preto, São Caetano, Paraná, Osasco, Unilever, Monte Schiavo (Itália), Vôlei Futuro, Campinas e Igtisadchi Baku (Azerbaijão).