Bia Ferreira se despediu do boxe olímpico com a medalha de bronze após a derrota para a irlandesa Kellie Harrington. Já com uma prata em Tóquio, sendo derrotada pela mesma adversária na final, a baiana se mostrou feliz com o resultado em Paris, mas ao mesmo tempo com um pouco de frustração por não ter obtido o ouro.
“Ganhei uma medalha olímpica, fiquei muito feliz com isso. Mas não era esse o objetivo. Queria ser campeã olímpica, me despedir com chave de ouro. Mas a gente faz um plano e Deus faz outro. Acredito que tudo na minha vida acontece por uma razão. Talvez não fosse para ser, mas fico muito contente com toda a minha trajetória. Não foi dessa vez. Tenho uma missão no boxe profissional e quero completar. Saio muito feliz do olímpico por tudo que me proporcionou. Se pudesse voltar no tempo, faria tudo de novo”, declarou à TV Globo.
Bia Ferreira também fez um apelo e pediu apoio aos atletas também nas derrotas. O pedido se estendeu para outros esportes além do boxe.
“Não é só de vitórias que se vive um atleta. A gente passa muita dificuldade durante quatro anos ou mais para estar aqui. Pode ter certeza que todos que estão no ringue dão o seu máximo, o seu melhor. Não abandonem o atleta, não acompanhem só no momento de vitória. Existem também lesões, derrotas e sacrifícios. Continue acompanhando, não só eu como todos os esportes. A gente tem muito orgulho de representar essa nação”, disse à Cazé TV.
A boxeadora também deixou sua torcida para Jucielen Romeu, que sobe ao ringue neste domingo (4/8) para enfrentar a turca Esra Yildiz na categoria até 57 kg.
“Estou torcendo muito pra Jucielen, ela é muito merecedora, acredito que vai garantir a medalha dela. Agora eu e a equipe toda vamos vibrar para que ela consiga esse feito”, concluiu.