(foto: Daniela Veiga/Atlético)
Para o futebol feminino do Atlético, a última temporada foi vexatória. Distantes dos investimentos da SAF, as Vingadoras foram rebaixadas na Série A1 do Campeonato Brasileiro e sequer passaram da primeira fase no Mineiro. Em 2025, a tendência é que o cenário seja melhor – pelo menos é o que garante Paulo Bracks, novo Chief Sports Officer (CSO, ou chefe de esportes, na tradução para o português), que se revoltou com os resultados de 2024.
“O futebol feminino precisa de carinho, atenção, respeito e profissionalismo. Isso comigo vai ter. É inadmissível o Atlético, em um Campeonato Brasileiro, fazer um ponto em 45. Isso não existe. Então, pode ter certeza que as estruturas serão melhoradas. Quero visitar a Vila Olímpica, para conhecer como estão as estruturas, as oportunidades a serem dadas para o futebol feminino como um todo. E não vai faltar a minha proximidade ao futebol feminino”, iniciou em coletiva de apresentação nesta sexta-feira (24/1).
No fim de abril de 2024, o Atlético causou polêmica na divulgação do balanço financeiro de 2023. Isso porque o documento explorava o planejamento da SAF para a temporada seguinte e deixava claro que o desempenho esportivo não seria o foco do futebol feminino – o que foi percebido na prática.
“Vou entender um pouco do que aconteceu no ano passado, porque, como eu disse, é inadmissível um resultado esportivo como aconteceu. Um ponto em 45 não condiz com a história do Atlético. E sobre investimento, pelas entrevistas que acompanhei, o orçamento está mantido de 2024 para 2025. Oportunamente, a gente pode entender se esse orçamento é suficiente ou não para a gente fazer um time que vai, obviamente, brigar para subir, porque não vamos aceitar o Atlético na (Série) A2 do feminino, e para dar condições melhores a todas as atletas para poder trabalhar.”
Paulo Bracks, CSO do Atlético
Investimento do Atlético para o futebol feminino
Em conversa com jornalistas no início de janeiro, o CEO do Atlético, Bruno Muzzi, deu explicações sobre o desempenho do futebol feminino em 2024 e disse como o clube planeja melhorar a situação das Vingadoras a partir desta temporada.
“Passamos 2024 reorganizando o futebol feminino, que passou em um primeiro omento por dar uma condição de melhoria na infraestrutura para tentar encerrar também os contratos lá de trás. O orçamento do futebol feminino é na casa de R$ 7 milhões (anuais). É pequenininho, nós sabemos. Estamos em um caminho de evolução, é importante para a SAF, mas vamos crescer ele da forma que entendemos que deve ser feito”, disse.
No fim de dezembro, o Atlético anunciou a casa de apostas H2Bet como a nova patrocinadora máster do clube. O acordo é válido por três anos, com investimento fixo total de R$ 180 milhões – R$ 60 milhões por ano -, mais bônus por metas atingidas, podendo ultrapassar os R$ 200 milhões. Desse valor, R$ 1 milhão será repassado ao futebol feminino.
“Esse ano, por exemplo, já começamos de forma bastante tímida ainda, mas um ou outro contrato de patrocínio já destinar para o futebol feminino, estamos entrando com projetos de lei de incentivo para trabalhar, mas vai acontecer de
forma gradativa, faz parte da nossa estratégia. Nós não temos um prazo específico, mas sim um planejamento para irmos
organizamos a partir do momento em que vamos equilibrando as finanças do Galo.”Bruno Muzzi, CEO do Atlético
