04/12/2024
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Bastidores de torcedores e jogadores do Atlético após derrota na final da Libertadores

Jogadores do Atlético após derrota para o Botafogo na final da Libertadores (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

O Atlético viveu, nesse sábado (30/11), uma das derrotas mais dolorosas de sua história. Com um a mais desde o primeiro minuto de jogo, a equipe decepcionou os torcedores no Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires-ARG, e perdeu por 3 a 1 para o Botafogo na final da Copa Libertadores.

O início não poderia ter sido mais esperançoso para os atleticanos presentes. O volante Gregore foi expulso após acertar a cabeça de Fausto Vera, e a massa explodiu de felicidade nas arquibancadas.

Houve cantos de apoio em sequência praticamente por 15 a 20 minutos ininterruptos. Mas o que era felicidade logo virou aflição.

O Atlético pouco criava em campo. Na beira do gramado, o técnico Gabriel Milito mostrava apreensão, algo também sentido pelos atletas.

Em menos de 10 minutos, dois baldes de água fria. Luiz Henrique e Alex Telles deram dois gols de vantagem ao Botafogo antes mesmo do fim do primeiro tempo.

Praticamente todos os jogadores ficaram cabisbaixos. Deyverson até tentava incentivar, mas sem sucesso. Mariano, do banco, também demonstrava apoio aos companheiros.

Mas o nervosismo tomava conta. O zagueiro Battaglia e o meia Gustavo Scarpa chegaram a ter uma forte discussão após o argentino cometer uma falta.

Clima de velório nos bastidores

O Atlético até teve um novo ânimo com Eduardo Vargas, que marcou logo aos dois minutos do segundo tempo, mas não foi o suficiente. O chileno desperdiçou ótimas oportunidades no fim do jogo, e o Botafogo “fechou o caixão” com Júnior Santos, já nos acréscimos.

Ao fim da partida, os jogadores do Galo desabaram em campo. Lyanco olhava para as arquibancadas, parecendo não acreditar no que havia acontecido.

Fora das quatro linhas, vários torcedores deixaram o Monumental antes mesmo do segundo tempo. Aqueles que ficaram foram embora assim que o árbitro encerrou a partida.

Torcida do Atlético aflita durante o jogo - (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Torcida do Atlético ficou aflita durante o jogo(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

“Por isso, agradecer à torcida do Atlético Mineiro, que veio até aqui, que veio até Buenos Aires. Seguramente, fizeram um grande esforço para acompanhar-nos e para buscar essa Copa Libertadores. Sinto muita dor por eles, pelos jogadores – que se esforçaram ao máximo e não puderam conseguir. Agora, é um momento complicado, duro, difícil, que teremos que transitar. E seguir. Seguir para frente”, disse Milito.

Por questões de logística, o Atlético deixou o estádio apenas às 23h, quatro horas após o fim da partida. Hulk se pronunciou nas redes sociais antes mesmo de conceder entrevistas na zona mista.

Além do capitão, o goleiro Everson, o lateral-esquerdo Guilherme Arana, o lateral-direito Mariano, os atacantes Deyverson e Paulinho falaram com a imprensa. O clima era de velório. Deyverson mostrava um pouco mais de ânimo ao falar, mas nada fora do normal. Hulk estava até emocionado, com os olhos cheios d’água.

“É um luto. Nossa equipe está triste demais pela derrota na final, pela perda do título. Matematicamente estamos fora da Libertadores de 2025, mas temos que terminar o ano com dignidade, temos mais dois jogos pela frente. Temos que vencer, somos profissionais”, lamentou Arana.

Sem muitos objetivos, o Atlético volta a campo na quarta-feira, às 19h, quando enfrentará o Vasco em São Januário, no Rio de Janeiro, pela 37° rodada do Campeonato Brasileiro.

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