(foto: Daniela Veiga/Atlético)
Os jovens do Atlético decepcionaram a torcida nas oportunidades que tiveram neste início de Campeonato Mineiro. Na tarde deste domingo (26/1), o Galo voltou a jogar mal e teve um jogador expulso, mas conseguiu segurar empate com o Pouso Alegre, por 0 a 0, no Estádio Manduzão. O duelo em Pouso Alegre foi disputado pela terceira rodada do Estadual.
O primeiro tempo da partida teve protagonismo alvinegro na posse de bola, mas, como nos dois primeiros compromissos do ano, poucas alternativas de criatividade para desestruturar a defesa adversária. Já na segunda etapa, o Atlético precisou lidar com a baixa de Paulo Vitor e viu o Pouso Alegre crescer no confronto. Ainda assim, apresentou virtudes defensivas para conservar o resultado e, ao menos, voltar com um ponto à capital mineira.
Com o resultado, o Galo segue na lanterna do Grupo A do Mineiro, com três pontos – quatro a menos que o líder Betim. O Pouso Alegre é o lanterna do Grupo C, com apenas um ponto – três a menos que o líder Cruzeiro. O Dragão ocupa a zona de rebaixamento do Estadual.
Próximos jogos de Pouso Alegre e Atlético
Ambas as equipes voltam a campo na quarta-feira (29/1), em compromissos válidos pela quarta rodada do Campeonato Mineiro. Às 19h, o Pouso Alegre visitará o Tombense no Almeidão, em Tombos.
Já o Atlético entrará em campo às 22h, para clássico contra o América. O duelo será disputado no Mineirão, em Belo Horizonte.
Pouso Alegre x Atlético: o jogo
Ao estilo do que tem trabalhado Guilherme Dalla Déa, o Atlético deu início ao jogo no Manduzão buscando controlar a posse de bola e trabalhar principalmente com passes curtos desde a saída. A primeira boa chance da partida, apesar disso, veio com um lançamento preciso do zagueiro Renan: aos 6 minutos, Robert foi acionado com liberdade na grande área, dominou com categoria e finalizou cruzado, “tirando tinta” da trave defendida por Adilson.
Escalado em um 5-4-1 com três zagueiros, o Pouso Alegre tinha a clara proposta de priorizar a consistência defensiva e construir contra-ataques em velocidade pelos lados do campo. Sem ser pressionado na saída de bola, o Galo tentava atrair o adversário para o próprio campo para, posteriormente, tentar acionar os homens de frente com bolas longas.
Camisa 10 do Atlético, Robert Santos buscava se aproximar da defesa para auxiliar na construção de jogo. Com boa visão e condução, o meia-atacante era um dos mais participativos do time de Dalla Déa.
A equipe da capital, no entanto, enfrentava problemas para conectar a dupla Louback e Luiz Filipe no último terço. O confronto pedia por maior participação deles e do meio-campista Eric. David Kauã chegou a ter boa oportunidade de balançar as redes aos 28 minutos, após corte da defesa rival, mas finalizou fraco para defesa sem maiores dificuldades de Adilson.
O Pouso Alegre abaixava cada vez mais as linhas com o decorrer dos minutos. O Dragão construiu a primeira chance somente aos 40 minutos, após lançamento longo nas costas da defesa do Galo: Maxuel dominou bonito e finalizou sem deixar a bola cair, mas por cima da meta de Gabriel Delfim.
Mais uma vez, os jovens do Atlético pecavam pelos erros técnicos. Na maioria das ocasiões, as falhas nos gestos impediam progressões mais agressivas do time alvinegro no Manduzão.
Segundo tempo
Logo aos 2 minutos, o Atlético sofreu um grande baque. O volante Paulo Vitor, que já havia tomado cartão amarelo na etapa inicial, deu entrada temerária com a sola nas costas de Sandro e acabou sendo expulso pelo árbitro Hieger Túlio.
Mesmo com a expulsão, o Atlético se fez mais presente nos últimos metros do campo nos minutos iniciais da etapa complementar. O Galo chegou com finalizações de Louback, em contra-ataque, e Luiz Filipe, em escanteio. Para preencher a entrada da área, Dalla Déa optou pela entrada do volante Zé Phelipe na vaga de Robert Santos.
O novo cenário da partida, no entanto, deixava o Pouso Alegre cada vez mais confortável. O Dragão agora conseguia estabelecer mais momentos de continuidade de posse de bola, com maior capacidade de progredir e ocupar o campo ofensivo. Aos 25 minutos, Magno levou perigo com chute desviado de fora da área. Dagoberto e Foguinho fizeram o mesmo instantes depois.
O Atlético praticamente se limitava a se defender – neste contexto, destacava-se o zagueiro Renan, com intervenções por baixo e pelo alto. Índio e Alisson foram acionados nas vagas de Eric e Luiz Filipe para tentar mudar o panorama.
Aos 36 minutos, Índio foi acionado com liberdade entre as linhas do Pouso Alegre e ameaçou com chute forte de média distância. Kauan Guilherme e Lucas Daniel também saíram do banco de reservas – nos lugares de David Kauã e Louback, respectivamente. As principais tentativas dos comandados de Dalla Déa eram acionando Alisson em velocidade pela direita, mas com pouca produtividade.
A reta final do embate teve novas chegadas do Dragão, mas o Galo teve competência para se defender e conservar o empate. No fim das contas, no entanto, mais uma atuação abaixo das expectativas dos jovens alvinegros.
POUSO ALEGRE 0 x 0 ATLÉTICO
Pouso Alegre
Adilson; Rafinha, Victão, Mailson, Felipe Moreira (Guilherme, aos 34min do 2ºT) e Jonathan (Dagoberto, aos 16min do 2ºT); Sandro (Wandinho, aos 40min do 2ºT), Magno, Foguinho (Gabriel, aos 40min do 2ºT) e Ray (Tháileon, aos 16min do 2ºT); Maxuel
Técnico: Henrique Pacheco (interino)
Atlético
Gabriel Delfim; Kayque, Dudu, Renan e Júlio César; Paulo Vitor, Eric (Índio, aos 28min do 2ºT), David Kauã (Kauan Guilherme, aos 37min do 2ºT) e Robert Santos (Zé Phelipe, aos 8min do 2ºT); Luiz Filipe (Alisson, aos 28min do 2ºT) e Louback (Lucas Daniel, aos 37min do 2ºT)
Técnico: Guilherme Dalla Déa
- Motivo: terceira rodada do Campeonato Mineiro
- Data: 26/1/2025
- Estádio: Manduzão, em Pouso Alegre
- Árbitro: Hieger Túlio Cardoso
- Assistentes: Augusto Magno de Ramos e Weyder Marques Borges
- VAR: Marco Aurélio Augusto Fazekas Ferreira
- Gols: não houve
- Cartões amarelos: Jonathan (Pouso Alegre); Paulo Vitor (Atlético)
- Cartão vermelho: Paulo Vitor (Atlético)
