26/01/2025
11:00

Atlético usa Caso Savinho como exemplo para base no Mineiro: ‘Torcedor é ansioso’

Erasmo Damiani, gerente de base do Atlético (foto: Jair Amaral/EM/DA.Press)

Paciência. É o que pede o gerente de base do Atlético, Erasmo Damiani, para o torcedor alvinegro. Em entrevista exclusiva ao No Ataque, o dirigente relembrou o tratamento dado por alguns atleticanos a Savinho, maior revelação da base do Galo nos últimos anos e hoje destaque do Manchester City-ING, para argumentar que é preciso menos ansiedade com os crias do time mineiro, que ganharam a oportunidade de representar a equipe principal nas três rodadas iniciais do Campeonato Mineiro.

“O torcedor é ansioso. Ao mesmo tempo que ele quer que o atleta da base esteja no profissional, ao mesmo tempo no primeiro erro do atleta ele já faz uma crítica. O Savinho sofreu muito com o torcedor do Atlético. Eu vivenciei no Mineirão, ele sofreu. Hoje é fácil falar do Savinho, mas naquele momento…”

Erasmo Damiani

Com a equipe principal em pré-temporada nos Estados Unidos, o Sub-20 do Galo começou o Mineiro e apresentou lampejos de bom futebol, mas atuações instáveis – nada diferente do esperado para um grupo de jogadores inexperiente, repleto de estreantes no futebol profissional, e com média de idade inferior aos 20 anos.

Nos dois primeiros jogos, foram dois empates – 0 a 0 com o Aymorés, em Ubá, no domingo (19/1), e 1 a 1 com o Democrata-GV, na quarta-feira (22/1), no Mineirão. Damiani lembrou que nenhum dos jogadores do Galo que entraram em campo na segunda rodada já tinha jogado no Gigante da Pampulha.

Jogadores de Atlético e Democrata-GV disputam bola no Mineirão - (foto: Ramon Lisboa/EM/DA.Press)
Atlético e Democrata-GV fizeram jogo truncado no Mineirão(foto: Ramon Lisboa/EM/DA.Press)

“Nem o Robert (o atleta do elenco com mais experiência no profissional) já tinha jogado. Gabriel Delfim tinha sido banco, Paulo Vitor também. Olha a grandeza que é jogar no Mineirão, templo sagrado do futebol brasileiro, de Minas. Sete mil torcedores, se juntarmos desde 2021, que foi quando cheguei, se pegarmos todos os jogos da base, do sub-15 ao sub-20, não tivemos sete mil torcedores”, disse.

Esses fatores, para o dirigente, explicam a oscilação do time do Atlético nos últimos jogos. Mesmo assim, parte da torcida não poupou críticas aos jogadores nas redes sociais: “Diante disso, nós temos sempre que controlar o seguinte: hoje a rede social faz parte. Quando acaba o jogo, (os jogadores) vão abrir o celular para ver. E nisso temos que trabalhar na cabeça deles o seguinte: o torcedor vai criticar, vão ter mais críticas do que elogios. É preciso discernimento de entender o que é uma crítica positiva e uma negativa e não se abater”.

“A paciência que eles têm com alguns jogadores de 30 anos, não têm com meninos de 16 a 18 anos, que ainda estão em período de maturação, de ganho muscular, de lastro de treinamento”

Erasmo Damiani, em entrevista exclusiva ao No Ataque

‘Tem que dar tempo’

Damiani considera o processo ao qual o time Sub-20 está sendo submetido como “positivo”, mas pede: “Tem que dar um pouco de tempo, é um amadurecimento. Esses três jogos para eles serão fundamentais, esse terceiro jogo (contra o Pouso Alegre, neste sábado (25/1, às 17h, no Manduzão) também, vão estar um pouco mais soltos. Pegamos uma sequência com dois jogos fora de casa”.

O gerente aproveitou para agradecer a torcida que apoiou o time no Mineirão contra o Democrata-GV: “A torcida apoiou e cantou os 90 minutos, incentivou. Acho que sentiu que ali (em campo) são jovens”.

Botafogo e Flamengo são outros times da Série A do Campeonato Brasileiro que iniciaram os Estaduais com equipes repletas de jovens. Damiani, no entanto, apontou a diferença entre o time do Galo e os dos cariocas.

“Hoje no Brasil, Flamengo, Botafogo e Galo estão jogando com atletas mais jovens, mas o Flamengo tem alguns jogadores mais experientes como Pablo (zagueiro), Carlinhos (atacante), o Botafogo também (como o volante Patrick de Paula). Nós não. O jogador mais velho do nosso time tem 23 anos (Luiz Felipe, atacante que estava emprestado ao São Bernardo e tem um jogo como profissional pelo Galo). Ontem (quarta, contra o Democrata) a média de idade do time titular foi de 19,8 anos”, afirmou.

Jovens do Mineiro terão mais chances no profissional em 2025?

Para Damiani, o principal é “mostrar que alguns jogadores (entre os jovens que iniciam o Mineiro), têm leque para chegar, em um futuro próximo, no profissional”.

O gerente da base do Atlético indicou, inclusive, que há possibilidade de alguns jovens não voltarem para o time Sub-20 e permanecerem no elenco profissional com a volta do time principal dos Estados Unidos, após a partida contra o Orlando City, neste domingo (26/1), pela FC Series, no Inter&Co Stadium, em Orlando.

“Nós conversamos com o Victor quase todos os dias, com o Lucas (Gonçalves, auxiliar) também. Têm funcionários do profissional que estão aqui fazendo recorte dos jogos, dos treinos, mandando para a comissão (técnica). Existe essa sintonia entre nós e o profissional, e aí no retorno vamos saber se alguns vão permanecer ou não, se serão dados alguns dias ou não. Vamos saber com o retorno”

Do grupo que iniciou o Mineiro, só três atletas fazem parte do elenco principal: o meia-atacante Robert, que, antes do Mineiro, só havia feito dois jogos no time A alvinegro desde que chegou, em abril do ano passado; o goleiro Gabriel Delfim, que só tinha feito um jogo como profissional no Galo antes do Estadual; e o volante Paulo Vitor, que fez 14 jogos em 2024, mas a grande maioria entrando nos minutos finais.

Destaques da Copinha vão subir de categoria

Damiani também contou ao No Ataque que alguns dos destaques do Atlético na Copa São Paulo de Futebol Júnior, a Copinha, que integravam o time Sub-17 terão sua subida antecipada para o Sub-20, como é o caso do zagueiro Vitão e do meio-campista índio, ambos de 16 anos.

“Para os atletas de 16 anos que se sobressaíram, como o Índio e o Vitão, a ideia é antecipar um pouco e eles estarem no juniores (Sub-20); no decorrer do ano podemos puxar outros atletas (do Sub-17) para vivenciar o Brasileiro Sub-20, uma situação diferente, para que eles possam amadurecer, como está acontecendo nesses jogos do profissional”.

Confira a matéria completa em: noataque.com.br

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