O América segue em boa fase no Campeonato Mineiro. Após estrear com empate diante do Uberlândia e vencer Pouso Alegre e Villa Nova com superioridade, o Coelho teve a primeira “prova de fogo” nessa quarta-feira (29/1), quando enfrentou o Atlético no Mineirão pela quarta rodada. O técnico William Batista se mostrou contente com o que viu em campo, mas ressaltou que queria mais do que a igualdade por 1 a 1.
“Hoje vimos a equipe com brio dentro do campo, jogadores que queriam de fato vencer a partida, jogadores que encararam o adversário de igual para igual. Isso nos deixa bem contentes, porque eles têm treinado muito. Parece repetitivo isso, mas treinar o que esse time está treinando, o dia a dia que esses jogadores estão tendo, não é tão comum. E acho que o que não é tão comum precisa ser dito”, iniciou em entrevista coletiva.
Diferente dos últimos jogos, em que propôs mais o jogo, o América adotou uma postura reativa contra o Atlético. O que não impediu o alviverde de ser agressivo no ataque. Tanto é que foi o Coelho que abriu o placar, com o atacante Fabinho, que se aproveitou de uma bolada sobrada na entrada da área para balançar as redes do goleiro Everson, aos 30 minutos do primeiro tempo.
A partir daí, o América seguiu ainda mais com o estilo que vinha praticando desde o início da partida. A capacidade americana de defender a própria meta foi celebrada pelo técnico William.
“Fomos realmente uma equipe agressiva nos duelos, tanto de primeira bola, quanto de duelo defensivo pelo chão, de um para um defensivo. Por vezes atacamos de maneira mais posicional, mas também trocamos o ritmo quando o jogo pediu para poder acelerar e fazer jogadas em transição ofensiva (…) É o início, tivemos poucas sessões ainda, ficamos felizes porque aquilo que temos tentado desenvolver com os jogadores e potencializar na equipe, eles têm correspondido bem. É claro que eu queria muito ter ganhado, mas a gente sabe que passo a passo a equipe vai evoluindo. Um jogo como o de hoje nos dá a capacidade de criar ainda mais repertório para os que virão durante a temporada. Fico feliz pelo desempenho, mas a ambição é vencer.”
William Batista, técnico do América
“Um jogo igual ao de hoje nos mostra aspectos que vamos evoluir durante a temporada. Nos dá também certezas sobre caminho que estamos querendo ir. E repertório. Quanto mais tempo a equipe passa com o treinador, mais repertório tem, porque as variações que vamos treinando e usando durante a temporada, vai nos dando a capacidade de oferecer mais risco ao adversário, às vezes de pressionar ainda melhor com um bloco alto, às vezes jogar por primeira e segunda bola”, pontuou.
Mudanças nas escalações do América
Para o jogo contra o Atlético, William Batista promoveu quatro alterações em relação ao time que havia batido o Villa Nova. Já contra o Leão do Bonfim, foram duas mudanças no time que tinha batido o Pouso Alegre. O treinador disse que a tendência é que essas trocas continuem ocorrendo, mas ressaltou: não são testes.
“Nem estou fazendo teste para falar a verdade. Estou de fato confiando naquilo que tenho na minha mão. Confio nos meus jogadores. Pra alguns treinadores, quando eles trocam a equipe como tenho trocado, talvez seja até teste, (para) analisar o elenco. No meu caso não. No meu caso, aquilo que acredito como treinador, enquanto aos meus jogadores, é que todos estão à disposição e todos estão bem preparados”, iniciou.
“A tendência durante durante a temporada é a gente escalar a melhor equipe para o América. Então, até pelo nosso calendário também. Acho que o treinador do futuro vai ser um treinador que não pode pensar em 11, de maneira rígida, de maneira que seja só aquilo e depois. É esses 11 e aqueles outros que entram no lugar deles, porque o nosso calendário pede isso, o nosso adversário, o campo, é tudo que a gente vai enfrentar.”