(foto: Ramon Lisboa / EM / D.A Press)
O ano de 2019 foi o último do Atlético sem o forte investimento por parte dos 4R’s, grupo de empresários formado por Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador – que posteriormente se tornaram donos da SAF do clube. Naquela temporada, o alvinegro foi comandado por Rodrigo Santana, que, em entrevista exclusiva ao No Ataque, brincou sobre ter “animado” os investidores a colocarem dinheiro no alvinegro .
“Nós tínhamos um grupo muito bom. Chegamos a ficar umas 15 rodadas no G4 no Campeonato Brasileiro. Passamos de fase na Copa do Brasil, chegamos às quartas de final. Na Sul-Americana , chegamos à semifinal. O Atlético passava passava um momento financeiro que não era dos melhores. Porém, com algumas sequências de vitória, chegamos a liderar o Brasileirão. Foi um Brasileirão antes da pandemia, onde todos os clubes ainda estavam organizados”, iniciou.
O Galo liderou o Brasileiro daquele ano apenas na terceira rodada, mas acabou o torneio na 13ª posição. O maior sucesso foi, de fato, na Copa Sul-Americana, só que a participação na competição terminou de forma traumática. O Atlético caiu na semifinal para o Cólon, em uma disputa de pênaltis assistida por mais de 60 mil torcedores no Mineirão.
“O Atlético não vivia seu melhor momento financeiramente. Até brinco que a gente animou os investidores a chegarem e fazerem um Galo diferente. Saí em novembro, quase, no fim de outubro, faltava um mês para a competição acabar. No ano seguinte foi quando chegou o investimento muito grande. O Atlético sempre foi um grande clube de tradição no Brasil, mas com o poder de investimento, que nem depois de 2020, com a folha muito alta, foi depois da gente. Acho que eles se animaram com o nosso trabalho um pouquinho, e chegou o investimento total para tornar o Galo maior que já era.”
Rodrigo Santana, ex-treinador do Atlético
Atlético vive grande fase desde 2020
Em 2020, o Atlético passou a receber investimento financeiro direto por parte dos 4R’s. Com isso, conseguiu contratar grandes jogadores, como o goleiro Everson, o lateral-esquerdo Guilherme Arana e o meio-campista Zaracho. Naquele ano, o Galo terminou o Campeonato Brasileiro em terceiro lugar.
O ápice foi atingido na temporada seguinte, com as chegadas do meia Nacho Fernández e dos atacantes Hulk e Diego Costa, o Atlético se fortaleceu ainda mais e conquistou os títulos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. Ainda chegou à semifinal da Copa Libertadores, mas foi eliminado pelo Palmeiras.
Em 2022 e 2023, o Galo teve campanhas mais modestas, com o título da Supercopa do Brasil 22 e a terceira colocação na Série A da última temporada. Neste ano, faz campanha ruim no Brasileiro, mas está vivo nas semifinais da Copa do Brasil e da Libertadores.
Rodrigo Santana assumiu Atlético interinamente
Após passagens por clubes de menor expressão, Rodrigo Santana teve a maior chance da carreira em 2019, quando assumiu interinamente o comando do time profissional do Atlético no lugar do demitido Levir Culpi. O início foi animador, e a diretoria do Galo o efetivou.
“Quando eu assumi ninguém queria (o cargo). Tanto é que tomamos uns cinco, seis não lá e iam falando: ‘Deixa o Rodrigo’. Eu tive a sorte e automaticamente o privilégio de vestir a camisa do Galo naquele momento e aproveitei a oportunidade”, falou o treinador, que hoje comanda o Remo.
Com os resultados ruins na Série A e a queda na Sul-Americana, Rodrigo Santana foi demitido pelo Atlético em outubro de 2019. Após a saída do Galo, o treinador rodou por Avaí, Coritiba, Confiança, RANS Nusantara (Indonésia), Vaca Díez (Bolívia) e Athletic antes de chegar ao Remo. Todos os trabalhos anteriores foram curtíssimos, com no máximo 14 jogos.
Entre uma experiência e outra, Rodrigo Santana foi contratado para ser auxiliar de Fernando Lázaro no Corinthians, mas nunca assumiu o cargo. Tudo porque havia participado de um ato antidemocrático tempos antes, o que motivou protestos da torcida alvinegra.
Somente no Remo, nesta temporada, que o treinador conseguiu ter sucesso. Após assumir o time na 17ª colocação da Série C, ele conduziu uma campanha que terminou com acesso à Segunda Divisão.
