21/11/2024
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’38 rodadas fora de casa’ < No Ataque

Everson, goleiro do Atlético (foto: Reprodução/YouTube/GaloTV)

Ídolo do Atlético, o goleiro Everson viveu dias desafiadores defendendo as cores do Santos, em 2019 e 2020. Em participação no GaloCast, da GaloTV, o arqueiro chorou ao relembrar as críticas que sofreu de torcedores do Peixe – especialmente na primeira temporada pelo clube do litoral paulista.

A contratação de Everson pelo Santos, concretizada a pedido do técnico argentino Jorge Sampaoli, gerou concorrência interna no clube. Com o decorrer das semanas, o arqueiro ganhou a vaga de Vanderlei, tido como ídolo por torcedores do Alvinegro Praiano.

Mesmo com a boa campanha do Peixe no Campeonato Brasileiro de 2019, Everson era hostilizado na maioria das partidas na Vila Belmiro. O Santos acabaria aquele Brasileirão como vice-campeão, com 74 pontos – 16 a menos que o histórico Flamengo de Jorge Jesus.

“Era um clube onde eu brinco que foi o único Brasileiro que eu joguei 38 rodadas fora de casa, em 2019 – apesar dos 74 pontos. As 38 rodadas eu joguei fora, porque a gente ia jogar na Vila e eu era xingado. Era questionado pelo meu trabalho, por estar jogando no lugar de um ídolo para o torcedor santista. Foram difíceis essas rodadas, principalmente dentro da Vila Belmiro, onde subia para aquecer e eu já era xingado”, relembrou.

“Você vai jogar e o pessoal acaba pegando no seu pé, perseguindo. Não é bom… A gente não concentrava, mas eu fazia questão. Era um dos únicos. Precisava dormir lá para tentar me concentrar para o jogo. Todo mundo se apresentando no dia do jogo, e eu me abdicava disso. Querendo ou não, passei por muita dificuldade. E de verdade, fazendo um bom trabalho. Se fosse um trabalho questionável, tudo bem”, acrescentou Everson.

“Não sentia prazer de trabalhar”, revelou Everson

A relação com os torcedores do Santos acabou por minar a felicidade do goleiro. Em virtude das críticas, Everson disse ter perdido o prazer em jogar futebol naquela temporada.

“Ali, eu só queria sair para um lugar em que eu pudesse ser mais feliz para trabalhar. Ter o prazer de trabalhar. Porque eu estava em um clube onde eu não sentia esse prazer. Era apenas isso. Eu não tinha mais alegria, não tinha mais desejo de sair de casa para poder treinar e não queria. Queria sempre ficar em casa, estava desanimado”, pontuou.

“Por mais que seja um grande clube e tenha uma boa estrutura, dentro de mim, do meu coração, da minha cabeça, eu não estava feliz. Estava frio, sabe? Não estava tendo o prazer e o amor de poder jogar. Não estava. Se eu fizesse bons jogos, bem. Se eu não fizesse bons jogos, ia servir para que o povo pudesse crucificar” , complementou.

Em 2020, novamente a pedido de Jorge Sampaoli, Everson mudou de clube – desta vez, para o Atlético. Há quatro anos no Galo, o arqueiro já conquistou quatro Campeonatos Mineiros (2021 a 2024), um Campeonato Brasileiro (2021), uma Copa do Brasil (2021) e uma Supercopa do Brasil (2022) com a camisa preta e branca.

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