A Vila Olímpica se prepara para receber os atletas em pouco mais de duas semanas
No próximo dia 18 de julho, a Vila Olímpica de Paris abrirá suas portas para receber os atletas que competirão nos Jogos Olímpicos de 2024 e suas comissões técnicas. Porém, o conjunto de 82 prédio já recebe críticas e polêmicas dos internautas.
O principal ponto de queixa é a ausência de ar-condicionado nos quartos. Isso acontece porque o Comitê Organizador dos jogos foca num projeto de bairro ecologicamente sustentável. No entanto, muitas delegações, com a inclusão do Brasil, defendem que o conforto e a saúde dos atletas deveria ser a prioridade. Principalmente, em um verão em que as temperaturas na França poderão subir para mais de 40ºC.
Além disso, as camas de papelão, popularmente conhecidas como camas “anti-sexo” também está entre os desagrados dos atletas e das comissões técnicas.
Para justificar a ausência de ar-condicionado, os prédios foram construídos em blocos separados, permitindo uma maior circulação de correntes de ventos. Dessa forma, a Vila Olímpica é ligada à um sistema de refrigeração urbano, conseguindo reduzir a temperatura em até 6ºC.
Diante dessa situação e das queixas de delegações como Estados Unidos, Japão, Austrália, Brasil e Grã-Bretanha, o Comitê Organizador sugeriu que os países alugassem seus próprios climatizadores. Estes, com um custo de 300 euros a unidade.
Brasil na Vila Olímpica
Em entrevista ao ge, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) afirmou que está realizando o aluguel de climatizadores para os atletas.
“Considerando que é possível atingirmos temperaturas acima de 30 graus e que uma boa noite de sono pode fazer a diferença no resultado, o COB tomou a decisão de investir no aluguel de ar-condicionado portátil para, caso necessário, garantir a temperatura ideal de descanso, indicada por especialistas como algo em torno de 21 a 23 graus. Entendemos e apoiamos toda a questão da sustentabilidade dos Jogos, que é importantíssima, e acreditamos que existem outras diversas ações que serão implementadas neste sentido durante a competição. Nesse momento tão importante na carreira dos atletas não podemos correr o risco de comprometer o descanso na véspera da competição”, disse a gerente de Jogos e Operações Internacionais do COB, Joyce Ardies.
Foto destaque: Reprodução/Vila Olímpica