A União Brasileira de Mulheres agiu contra a fala polêmica de Guilherme Beltrão
Nesta semana, a União Brasileira de Mulheres (UBM) entrou com um processo na Justiça contra a CazéTV. A decisão aconteceu após a fala polêmica de Guilherme Beltrão, que é considerada sexista e discriminatória, em relação às atletas brasileiras de nado sincronizado.
Durante o programa “Zona Olímpica”, que foi exibido às 21h da última quinta-feira (1º), Guilherme Beltrão disse: “A Adenizia (jogadora de vôlei e comentarista do canal) é campeã olímpica, ela realmente importa para a competição. O ‘camarada’ do nado sincronizado que não tem chance de medalha tem que ir por dois objetivos: se superar e comer gente”.
A UMB, nesse sentido, expressou indignação com a forma como as competidoras foram tratadas através dos comentários veiculados. Para a entidade, que atua há mais de 30 anos na defesa dos direitos das mulheres, os comentários não apenas faltam com respeito às atletas, mas também reforçam uma cultura machista e sexista. Esta, que ainda persiste no esporte e na sociedade como um todo.
“Estamos diante de uma manifestação clara de discriminação de gênero que precisa ser combatida com veemência. A sociedade brasileira não pode tolerar esse tipo de comportamento, especialmente em um evento de grande visibilidade como as Olimpíadas, que deveria servir de exemplo de respeito e igualdade”, declarou Vanja Andrea dos Santos, presidente da UBM.
O pedido da União Brasileira de Mulheres é que a CazéTV preste esclarecimentos à sociedade e, em especial, às mulheres brasileiras que possam ter se ofendido e se sentido desrespeitadas pelos comentários. Além disso, a organização acredita que essas ações são fundamentais para promover mudanças.
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