Ex-secretária de Educação e atual ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, é ré em ação sobre compra de uniformes escolares e fez acordo para encerrar 13 processos por improbidade administrativa
Macaé Evaristo, deputada estadual de Minas Gerais, foi nomeada como nova ministra dos Direitos Humanos e Cidadania no governo Lula, substituindo Silvio Almeida. No entanto, Evaristo enfrenta um processo judicial em Minas Gerais relacionado ao período em que foi secretária de Educação de Belo Horizonte, em 2011, na gestão de Márcio Lacerda.
Ela é acusada de envolvimento em um esquema de superfaturamento na compra de 190 mil kits de uniformes escolares. A licitação resultou em um sobrepreço de R$ 17,20 e R$ 11,70 por kit, gerando um prejuízo estimado em R$ 3,1 milhões, que hoje chegaria a R$ 6,5 milhões com a correção monetária.
A investigação também envolve a empresa vencedora da licitação, Diana Paolucci S/A Indústria e Comércio, que estava proibida de participar de editais públicos devido a irregularidades em contratos com o governo de São Paulo. Apesar das alegações, a Justiça negou o pedido de bloqueio das contas de Macaé e de outros réus, e a defesa argumenta que não há provas de dolo ou enriquecimento ilícito.
Além desse caso, Macaé fez acordos com o Ministério Público de Minas Gerais para encerrar 13 ações de improbidade administrativa, pagando uma multa de R$ 10,4 mil. As ações estão relacionadas à sua gestão como secretária estadual de Educação entre 2015 e 2018.
Foto destaque: Reprodução/Rádio Super Notícias 91,7 FM
