Minas Gerais tem outros 454 casos sendo investigados com possibilidade de coqueluche
Na última terça-feira (03), a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) divulgou que, em menos de quatro dias, entre o dia 30 de agosto e 3 de setembro, Minas Gerais registrou 26 casos de coqueluche.
Até este momento, foram duas mortes pela doença no país, uma na Paraná e outra em Poços de Caldas. A criança de Poços de Caldas morreu no dia 19 de julho, porém a causa da morte só foi confirmada no último sábado (30), pela SES-MG. Nesse sentido, outros 454 casos estão sendo investigados com a possibilidade de ser coqueluche.
A prevenção contra a doença acontece através da vacinação, que está disponível no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
De acordo com a Secretaria do Estado, o imunizante está sem estoque no país. Entretanto, a vacina pentavalente, que também previne a coqueluche está continuamente disponível no SUS. O objetivo é imunizar 95% da população, mas até agora, apenas 71,09% receberam a pentavalente.
“Essa é uma doença prevenível por vacinação disponível no SUS e incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Uma população imunizada dificilmente vai registrar morte como aconteceu em Poços de Caldas e, por isso, essa perda é enorme. O aumento de casos já é uma resposta de uma queda grave na cobertura vacinal”, afirma o infectologista Leandro Curi.
Sintomas da coqueluche
A coqueluche é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis, caracterizada inicialmente por sintomas semelhantes aos de um resfriado, como coriza e tosse leve. Com o tempo, a tosse se intensifica, ocorrendo em crises que podem ser seguidas por um som agudo ao respirar, episódios de vômito e exaustão. Esse estágio pode durar semanas. Após isso, a tosse começa a diminuir, mas pode persistir por um longo período. A doença é especialmente perigosa para bebês e crianças pequenas devido ao risco de complicações graves.
Foto destaque: Reprodução/Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil