Milei deixou recado para o subsecretário após demissão
Na última quarta-feira (17), o presidente da Argentina, Javier Milei, saiu em defesa da seleção do país e demitiu o subsecretário de esportes após pedido de retratação da equipe.
“Nenhum governo pode dizer o que comentar, o que pensar ou o que fazer à Seleção Argentina”, disse Milei logo após demitir o político que exigiu um pedido de desculpas da seleção pelo cântico racista.
O episódio de racismo pela seleção argentina aconteceu depois da vitória da equipe sobre a Colômbia pela Copa América. Nas redes sociais, o volante Enzo Fernández registrou a comemoração dos colegas de equipe e deixou escapar a canção no vídeo.
“Eles jogam pela França, mas são de Angola. Que bom que eles vão correr, se relacionam com transexuais. A mãe deles é nigeriana, o pai deles cambojano, mas no passaporte: francês”, diz um trecho da música.
Dessa forma, o subsecretário de esportes da Argentina, Julio Garro, afirmou que Messi, como capitão da equipe, deveria se retratar. Em seguida, Enzo foi às redes sociais e pediu desculpas pelo acontecimento, reforçando que o episódio não condiz com o que ele acredita.
No entanto, a vice-presidente da Argentina, assim como outros políticos, viram o acontecimento de outra forma. “Nenhum país colonialista vai nos intimidar por uma canção de campo ou por dizermos verdades que não querem admitir. Parem de fingir indignação, hipócritas”, afirmou à França.
Além da demissão, Milei também repostou algumas frases em suas redes sociais que davam a entender que concordava com o cântico.
“Dizer que Messi tem que pedir desculpas a uns europeus colonizadores por uma canção que fala a verdade é ir totalmente contra a ideologia”, dizia o post repostado por Milei.
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