Presidente Lula destaca crise ambiental e queimadas no Brasil e promete erradicar desmatamento até 2030
Nesta terça-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante seu discurso na 79ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, que o Brasil precisa intensificar seus esforços no combate às queimadas e à degradação ambiental. Lula destacou que, apesar das ações já realizadas, “é preciso fazer mais” diante de catástrofes como as enchentes no Rio Grande do Sul, a seca severa na Amazônia e os incêndios florestais que devastaram 5 milhões de hectares apenas em agosto.
“No sul do Brasil, tivemos a maior enchente desde 1941. A Amazônia está atravessando a pior estiagem em 45 anos. Incêndios florestais se alastraram pelo país e já devoraram 5 milhões de hectares apenas no mês de agosto. O meu governo não terceiriza responsabilidades nem abdica da sua soberania. Já fizemos muito, mas sabemos que é preciso fazer mais. Além de enfrentar o desafio da crise climática, lutamos contra quem lucra com a degradação ambiental. Não transigiremos com ilícitos ambientais, com o garimpo ilegal e com o crime organizado”, disse o presidente.
O presidente reforçou o compromisso de seu governo de não “terceirizar responsabilidades” e de combater atividades ilícitas, como o garimpo ilegal e crimes ambientais. Lula também prometeu erradicar o desmatamento na Amazônia até 2030, destacando a redução de 50% em 2023.
O Brasil sediará a COP30 em 2025, e Lula apontou o multilateralismo como o caminho para enfrentar a crise climática global. Ele enfatizou a importância de ouvir povos indígenas e comunidades tradicionais no desenvolvimento de soluções sustentáveis, com foco na bioeconomia para preservar as florestas tropicais.
Foto destaque: Reprodução/Michael M. Santiago