O vício em pornografia é comum e vários famosos já falaram sobre o assunto
Nesta semana, o influenciador digital e youtuber, Gustavo Tubarão, publicou um relato nas redes sociais, em que assumiu ser viciado em pornografia. Ele assumiu que estava há um ano e meio distante do vício, porém teve uma recaída recente.
Para tranquilizar seus fãs e seguidores, ele afirmou que está bem e compartilhou seu relato para ajudar outras pessoas que poderiam se identificar.
“Eu quero alertar para vocês o tanto que essa merda tá me fazendo mal, não só para mim, mas para o meu espírito, lá dentro”, afirmou Tubarão no vídeo.
“Quando a gente termina de ver uma pornografia, dá uma dá uma sensação horrorosa. E a gente fica com aquela sensação ruim, só quer saciar. Parece que a gente abre uma porta e um buraco negro de coisa negativa, uns pensamentos malucos, intrusivos, pornográficos”, continuou.
Ele chegou a comparar o vício em pornografia ao uso de cocaína, por atingir a mesma parte do cérebro.
O que dizem os especialistas sobre o vício em pornografia
Para a psiquiatra e coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da Faculdade de <Medicina da USP, a comparação de Gustavo Tubarão faz sentido.
“As áreas do cérebro ativadas são as mesmas. A motivação, também. Recompensa imediata é o que se busca e o que ‘vicia’, seja em uma substância, seja em um comportamento ‘gratificante’”, afirma Carmita.
Entre os principais sintomas do vício em pornô está o uso excessivo de material pornográfico, que pode ser de várias formas, como vídeos, apetrechos, leituras e, até mesmo, sexo.
Ela afirma que o vício se configura ao ocupar boa parte do dia, interferindo nas atividades cotidianas.
“A pessoa não prioriza dormir, trabalhar, comer, dedicar-se a lazer e relacionamentos sociais. Tudo é secundário e o tempo utilizado para acessar pornografia é de várias horas por dia. O prejuízo profissional/social/familiar é grande e incontrolável”, explica.
Além disso, vale a pena ressaltar que este comportamento se torna vicioso quando ele prejudica a funcionalidade do indivíduo.
“Ela negligencia cuidados básicos em função do vício. Deixa de dormir ou de trabalhar, por exemplo, para se dedicar à atividade que lhe traz prazer ou recompensa imediata, seguida de desconforto e arrependimento, muitas vezes. Mas é incontrolável”, explica Carmita.
Consequências do vício
“Quando a pessoa se abandona, se entrega, deixa de se cuidar para se ocupar mais e mais do vício, ela pode entrar num processo de inanição, baixar a imunidade, contrair doenças (como infecções ou diabetes) e, em casos mais graves, pode morrer, porque não se cuida”, comenta Camila.
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