A ex-presidente Dilma foi homenageada em Pequim e destacou a importância da colaboração entre Brasil e China
Neste domingo, a ex-presidente Dilma Rousseff foi condecorada com a Medalha da Amizade, a mais alta honraria do governo chinês, em uma cerimônia realizada no Grande Salão do Povo, em Pequim. A medalha foi entregue pelo presidente Xi Jinping, que ressaltou a importância das contribuições de Dilma para as relações entre os países. Ela foi a única homenageada entre 14 personalidades chinesas.
Em seu discurso, Dilma enfatizou a relevância da medalha como um símbolo dos laços entre Brasil e China, especialmente com o cinquentenário de relações diplomáticas se aproximando em 2024. A ex-presidente, que lidera o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), defendeu a adesão do Brasil à Iniciativa Cinturão e Rota, afirmando que isso poderia trazer benefícios significativos, como transferência de tecnologia e industrialização.
Dilma criticou a antiga divisão de trabalho internacional que limita o Brasil à exportação de commodities, argumentando que o país deve buscar parcerias que promovam o desenvolvimento conjunto. Ela também destacou a flexibilidade do modelo de governança chinês e a importância de aprender com diferentes nações, mas com um foco particular na cooperação com a China.
Ao receber a medalha, Dilma reafirmou seu compromisso de intensificar a cooperação entre os países, sugerindo que o Brasil deve encontrar seu próprio caminho, livre de dogmas da Guerra Fria.
Foto destaque: Reprodução/ADEK BERRY