Brasil têm casos crescentes de pneumonia branda e grave
Neste ano, o número de casos de pneumonia no Brasil teve um salto. No entanto, por mais que os hospitais não tenham dados exatos sobre esses números, alguns profissionais da saúde indicam que está crescente está altamente ligada à forma silenciosa da doença.
A forma silenciosa da pneumonia causa sintomas mais brandos, o que leva à busca do atendimento mais tardio.
Nesse sentido, o Sabará Hospital Infantil, em São Paulo, é um dos serviços que registrou esse aumento nos casos de pneumonia neste ano. Uma pesquisa de agentes etiológicos mostrou um aumento abrupto da bactéria Mycoplasma pneumoniae, causadora da pneumonia atípica.
Em Curitiba, o Hospital Pequeno Príncipe, o maior hospital infantil do país, registrou 537 atendimentos de emergência até agora. Nesse mesmo período, no ano passado, foram 249 casos, ou seja, houve um aumento de 116%. Já nos casos de internação por pneumonia, o aumento foi de 47%.
Da mesma forma, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro mostrou um aumento de 69% nos casos de urgência e emergência por pneumonia na rede municipal. A maior parte dos casos é composto por crianças menores de 10 anos.
O infectologita David Uip, diretor nacional de Infectologia da Rede D’Or embasou o aumento dos casos.
“Temos vários vírus circulando e muitas vezes um processo bacteriano sucede um processo viral. O clima também contribui. Estamos com um clima seco e temperaturas totalmente fora de esquadro, diferente do que estávamos acostumados. Além disso, processos imunoalérgicos, como rinite e sinusite, também podem virar um processo bacteriano”, avalia.
Pandemia e aumento de casos de pneumonia no Brasil
Alguns especialistas avaliam que este aumento podem estar ligados à pandemia. Uma vez que, as medidas utilizadas para o controle do coronavírus ajudaram muitos patógenos a parar de circular. Agora, porém, eles retornam e se encontram mais suscetíveis.
Outro fator é a própria sazonalidade da doença. Surtos de infecções por essa bactéria acontecem a cada três a sete anos. Como não houve casos relatados antes da pandemia, alguns países já esperavam este aumento.
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