Médico é acusado de armazenar 13 mil imagens de exploração sexual infantil; caso revela papel crucial do Google na identificação de crimes
Um médico clínico geral foi preso em Santa Catarina após a Google emitir um alerta sobre o armazenamento de 13 mil imagens de exploração sexual infantil em sua conta. O caso, reportado ao CyberGaeco, uma força-tarefa do Ministério Público, resultou na prisão do acusado em 31 de julho.
Durante a investigação, foi descoberto que o médico também gravava clandestinamente pacientes nuas durante consultas. Segundo o promotor Diego Barbiero, coordenador da operação, o alerta do Google foi fundamental para a descoberta desses crimes, reforçando a importância da colaboração entre plataformas digitais e autoridades para combater abusos online. A investigação continua sob sigilo.
A Google, utilizando inteligência artificial e monitoramento constante, é uma das empresas que reporta atividades ilegais às autoridades. Em 2023, a empresa bloqueou 249 mil contas mundialmente por compartilhamento de conteúdo de abuso sexual infantil.
No Brasil, o número de denúncias de abuso sexual infantil no meio digital atingiu recordes, com 71.867 casos em 2023, um aumento significativo em relação aos anos anteriores. O médico catarinense, que está em julgamento, agora enfrenta acusações graves tanto pelo armazenamento de conteúdo ilícito quanto pelas gravações de suas pacientes sem consentimento.
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