Em Minas Gerais, 59 municípios tinham pelo menos uma favela ou comunidade urbana em 2022. Coronel Fabriciano e Ipatinga ocupam a 9ª e 10ª posição, respectivamente, entre as cidades do estado com a maior quantidade de comunidades urbanas. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (8), a partir de um conjunto de informações coletadas pelo Censo2022.
Conforme os dados extraídos pela reportagem da Itatiaia, foram registradas 20 favelas em Coronel Fabriciano e 19 em Ipatinga. Timóteo, com 6, Bom Jesus do Galho, com 2, e Belo Oriente, com 1, fecham a lista de cidades da região com favelas contabilizadas pelo institut
Jaison Luis Cervi, Gerente de Pesquisas e Classificações Territoriais do IBGE, explica a denominação de favela utilizada pelo Instituto neste ano de 2024. “Mudamos o nome de aglomerados subnormais para favelas e comunidades urbanas após uma grande interlocução com vários representantes da sociedade civil, que participou do encontro ocorrido em setembro de 2023, em Brasília, e que gerou essa mudança no nome. Há duas características fundamentais nas favelas e comunidades urbanas. A primeira é a diversidade. Existem favelas recentes, favelas com centenas de anos, favelas com mais de 50 domicílios, e favelas com milhares de domicílios. Algumas são verticais, outras horizontais, e geralmente estão situadas em áreas que não foram definidas pela construção civil tradicional, ou seja, em topos de morros, beiras de rios, lagoas e outras áreas restritas à ocupação”, afirma.
Ainda conforme evidencia a pesquisa, 26.718 pessoas moravam em favelas em Ipatinga no ano de 2022, o que equivale a 11,73% dos mais de 225.000 habitantes. Em Fabriciano, apesar de ter 21.313 pessoas vivendo em favelas, a proporção é maior quando comparada ao município vizinho. O Censo mostra que 20,35% dos 104.736 habitantes do município residiam em favelas em 2022. Também localizado na Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), Timóteo tinha, no ano da pesquisa, 9.648 pessoas em favelas, o que representa 11, 83% do total da população.