IPATINGA – Após um mês da divulgação dos resultados de 2023, o Ideb segue como um guia para moldar as mudanças necessárias que norteiam a educação brasileira. Embora a meta nacional tenha sido alcançada nos anos iniciais (6 pontos), os anos finais e o Ensino Médio (com 5 e 4,3 pontos, respectivamente) ficaram abaixo da meta. Tendência em diversas regiões do país, a queda se repete também no Vale do Aço, destacando a urgente necessidade nacional por ações imediatas que culminem em índices melhores em um futuro breve.
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, as seis cidades da Região Metropolitana Expandida superaram a média nacional. Os destaques ficam para as cidades de Timóteo (que obteve 6,6 pontos no Ideb) e Ipatinga – cidade sede da Faculdade Única, com 6,5. Na sequência, estão Caratinga e Coronel Fabriciano, com 6,4 cada, Belo Oriente e Santana do Paraíso, ambos com 6,2.
“Esses números sugerem que as políticas educacionais, somadas aos esforços de todos os profissionais de ensino envolvidos no dia a dia dos alunos, estão surtindo efeito positivo nesta etapa. No entanto, a continuidade do bom desempenho não se mantém nos anos seguintes, reforçando um desafio que precisa ser mais bem discutido e abordado em todos os âmbitos para que a qualidade do ensino volte a crescer”, aponta o Dr. William José Ferreira, consultor educacional da Faculdade Única.
O cenário analisado pelo especialista registra índices abaixo da média nacional, com Ipatinga apresentando o melhor resultado da região, com 5,2; Coronel Fabriciano (5,0) e Caratinga (4,9) também ficaram próximos à média nacional (que era de 5,5), mas ainda abaixo do ideal. As cidades de Timóteo (4,9), Belo Oriente (4,7) e Santana do Paraíso (4,3) apresentaram uma diferença ainda mais acentuada. “A queda de desempenho sugere dificuldades na transição entre os ciclos iniciais e finais, além de possíveis deficiências pedagógicas e estruturais que podem estar impactando os níveis de aprendizagem dos alunos”, aponta Ferreira.
Etapa crucial para a formação dos jovens, o Ensino Médio mostrou-se ainda mais desafiador: os resultados de todas as cidades ficaram abaixo da média nacional (5,2), com Caratinga (4,4) e Ipatinga (4,2) obtendo os melhores desempenhos da região. Coronel Fabriciano e Timóteo, com 4,1 cada, Santana do Paraíso (4,0) e Belo Oriente (3,9) evidenciam um cenário que pode trazer sérias implicações para o futuro desses estudantes.
“A baixa qualidade do ensino médio pode comprometer a preparação acadêmica e dificultar o acesso ao ensino superior. Cada vez mais os estudantes chegam à universidade com déficits significativos de aprendizagem, cujos desafios vão muito além das dificuldades acadêmicas tradicionais. Ainda que haja um bom começo, uma educação ineficaz não consegue sustentar o progresso à medida que o aluno cresce, o que resulta em um aluno com defasagem tanto para o ensino superior quanto para o mercado de trabalho”, avalia o consultor.
Neste contexto, a continuidade dos baixos desempenhos nos anos finais e no Ensino Médio a longo prazo pode impactar profundamente o desenvolvimento econômico e social da região. “Além das dificuldades para acompanhar os cursos, uma base acadêmica insuficiente pode resultar em altas taxas de evasão e prolongamento do tempo de conclusão das graduações. Isso, por sua vez, pode impactar na empregabilidade e na capacidade dos profissionais de se destacarem em suas áreas, o que também ajuda a diminuir a competitividade regional no que tange investimentos e novas oportunidades”, conclui Ferreira.
Sobre a Faculdade Única: A Faculdade Única é uma instituição de ensino superior comprometida com a excelência acadêmica, ética e responsabilidade social, com o propósito de transformar vidas por meio da educação. Com uma equipe de colaboradores e professores altamente qualificados, a instituição proporciona uma experiência educacional transformadora, colocando o aluno como protagonista de sua jornada. Mantida pelo Grupo Educacional Prominas, referência no cenário educacional, a Faculdade Única tem 27 anos de história. Oferecendo uma ampla gama de cursos de graduação e pós-graduação nos formatos presencial e a distância (EAD), são mais de 600 mil alunos formados pela instituição.
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