REDAÇÃO – O Cruzeiro manifestou-se oficialmente após o ataque sofrido por torcedores da Máfia Azul, principal organizada do clube mineiro, por integrantes da torcida Mancha Alviverde, do Palmeiras. O confronto ocorreu neste domingo (27), em Mairiporã, São Paulo, quando os cruzeirenses voltavam de Curitiba para Belo Horizonte, após jogo contra o Athletico-PR pelo Campeonato Brasileiro.
Um dos torcedores do Cruzeiro, José Victor dos Santos Miranda, de 30 anos, faleceu carbonizado no ataque. Outros 20 ficaram feridos, sendo um em estado grave. A polícia investiga a emboscada, considerada uma represália a um confronto ocorrido em setembro de 2022 na mesma rodovia, a Fernão Dias, que resultou em ferimentos entre torcedores palmeirenses.
Em suas redes sociais, o Cruzeiro lamentou o episódio, condenando a violência no futebol. “Não há mais espaço para violência no futebol, um esporte que une paixões e multidões. Precisamos dar um basta a esses atos criminosos”, declarou o clube, reforçando o apelo por paz entre as torcidas.
A rivalidade entre a Máfia Azul e a Mancha Alviverde é de longa data e tem resultado em confrontos recorrentes entre as torcidas organizadas.
Entenda o caso
O Hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã (SP), confirmou ao Hoje em Dia que pelo menos 16 torcedores deram entrada na unidade após o violento confronto entre integrantes da torcida Mancha Verde, do Palmeiras, e da Máfia Azul, do Cruzeiro, ocorrido por volta das 5h deste domingo na altura do KM 65 da rodovia Fernão Dias. Outros feridos foram levados para o Hospital Franco da Rocha. Segundo o hospital, toda a equipe médica foi mobilizada para o atendimento emergencial, dado o estado grave das vítimas.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o embate envolveu aproximadamente 150 integrantes das duas organizadas, com doze torcedores cruzeirenses feridos. A reportagem apurou que, dos cruzeirenses atendidos, nove ficaram gravemente feridos, incluindo sete com traumatismos e dois baleados. Um torcedor foi encontrado morto e carbonizado no local.
