IPATINGA – A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Ipatinga divulgou nesta sexta-fei09ra (24) o resultado do primeiro Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) realizado em 2025. A coleta de dados foi feita entre os dias 6 e 10 de janeiro e apontou um índice de 7,4%, idêntico ao número registrado no mesmo período do ano passado, quando a infestação média também foi de 7,4%.
“O período de verão, com altas temperaturas e chuvas, é propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Por isso, é fundamental redobrar os cuidados em casa, eliminando qualquer foco de água parada. Este é um número alto e que exige a atenção de todos”, ressalta o secretário de Saúde de Ipatinga, Walisson Medeiros.
O secretário esclareceu à população que mesmo com as demandas geradas pelas chuvas do dia 12 de janeiro, como o trabalho preventivo à leptospirose, a SMS não cessou a atuação no combate ao mosquito. “Estamos fazendo a nossa parte, mas contamos com a colaboração da população”, salientou.
Roçada
Outra medida essencial no combate à proliferação do mosquito é o serviço de roçada da vegetação, que foi retomado na última segunda-feira (20), por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (Sesuma). A ação é necessária para retirar materiais acumulados nas áreas verdes, que podem reter água parada e se tornar criadouros do mosquito da dengue. A Prefeitura de Ipatinga informou que o trabalho foi pausado após as fortes chuvas que atingiram a cidade, mas já está retomado, sem prejudicar as ações de limpeza das áreas atingidas pela tromba d’água de 12 de janeiro.
Orientação
A prefeitura realiza, durante todo o ano, campanhas de orientação e visitas a locais estratégicos para eliminar e retirar materiais que possam acumular água, além da aplicação de larvicidas. Com os novos resultados do LIRAa em mãos, a administração municipal, por meio da Seção de Controle de Zoonoses (SCZ), já começou a intensificar as ações nos bairros que apresentaram maior incidência de focos.
“Estamos intensificando os tratamentos nas áreas com maior índice, com vistoria e orientação, bloqueios e eliminação de criadouros. Pedimos que as pessoas redobrem os cuidados sempre e que não relaxem. O LIRAa apontou que os depósitos predominantes dos focos das arboviroses são de fácil remoção, ou seja, a maior parte deles se encontra dentro dos lotes e residências, como pratinhos de plantas, bebedouros de animais, vasilhas descartáveis, copo plástico, tampinha de garrafa, em pontos de fácil acesso, bem perto de todos nós”, enumera a gerente do Departamento de Zoonoses, Vanessa Andrade.
Cuidado começa em casa
Mais uma vez o poder público faz um apelo para que a população adote medidas simples que podem reduzir os riscos de contaminação, como substituir a água dos pratos de vasos de plantas por areia, manter a caixa d’água tampada, cobrir grandes reservatórios de água, como piscinas, e remover dos ambientes todo material que possa acumular água, visto que, de acordo com o levantamento, os locais de maior incidência de criadouros estão em ambientes domiciliares.
Incidência por região
Na primeira vistoria do ano, os bairros e regiões que apresentaram maiores índices de infestação foram:
- Vila Celeste – 14,6%
- Bom Jardim, Ferroviários, Horto, Área Industrial e Usipa – 10,3%
- Limoeiro, Chácaras Madalena, Córrego Novo, Barra Alegre e Chácaras Oliveira – 9,4%
- Imbaúbas, Bom Retiro, Bela Vista, Das Águas, Cariru, Castelo, Vila Ipanema, Centro, Novo Cruzeiro e Parque Ipanema – 8,9%
- Canaãzinho e Vila Militar – 8,4%
- Granjas Vagalume e Bethânia – 8,0%
- Caravelas e Jardim Panorama – 5,6%
- Veneza – 4,7%
- Esperança e Ideal – 4,5%
- Cidade Nobre e Iguaçu – 4,2%
- Tiradentes e Canaã – 2,6%
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