16/09/2024
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ELEIÇÕES 2024: Apesar do crescimento, apenas 15% das candidaturas para cargo de prefeito são de mulheres

ELEIÇÕES 2024: Apesar do crescimento, apenas 15% das candidaturas para cargo de prefeito são de mulheres

Candidatas Alê Silva (PRD), por Ipatinga; Drª Stella (MDB) e Júlia Restori (PT), por Fabriciano; Alda Castro (PSD), por Timóteo

REDAÇÃO – Novo levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgado na última sexta-feira, 30 de agosto, traz um recorte das candidaturas femininas nas eleições municipais de outubro. O estudo destaca que 2.311 candidatas foram registradas para disputar o cargo nas prefeituras de 1.947 cidades, número que corresponde a 15% do total de candidatos do pleito deste ano. Embora apresente uma expansão de mulheres na participação política, somente em 35% das cidades há alguma candidata na disputa, enquanto o percentual é de 98% entre os homens.

Houve crescimento no número de disputas femininas entre os anos de 2000 a 2024, ou seja, nas últimas sete disputas eleitorais. Nesse cenário, a quantidade de candidatas dobrou, passando de 1.150 para 2.311. No ano 2000, por exemplo, a cada 100 candidaturas registradas, oito eram mulheres. Em 2024, a razão subiu para 15 candidatas, levando em conta o mesmo universo.

No Vale do Aço, as inscrições de mulheres para o cargo ainda continua muito tímida. Em Ipatinga, dos nove candidatos, apenas uma é mulher (Alê Silva (PRD); Em Coronel Fabriciano, dos quatro candidatos, duas são mulheres – Drª Stella Nunes (MDB) e Júlia Restori (PT); Em Timóteo, dos seis candidatos, apenas uma é mulher – Alda Castro (PSD).

Apesar de indicar crescimento no número de candidaturas ao longo desses pleitos eleitorais, a CNM ressalta que os números não evidenciam o potencial da representatividade feminina na política, já que a maioria da população é composta por mulheres. Nesse sentido, a fundadora e presidente do Movimento Mulheres Municipalistas (MMM), Tania Ziulkoski, enfatiza que a Confederação tem atuado pelo engajamento de mais lideranças políticas femininas em todo o país. “O MMM foi criado em 2017 para iniciar esse trabalho da importância de aumentar a representatividade das mulheres nas decisões políticas. A gente sabe o potencial que elas têm e também as dificuldades que enfrentam quando assumem um cargo público. Nesse aspecto, a  gente trabalha conjuntamente com ações de sensibilização e empoderamento. Apesar de ainda não ser o ideal, os dados da pesquisa mostram um avanço e vamos continuar trabalhando para que a representatividade seja ainda maior”, destacou a municipalista.

Ineditismo e reeleição

O levantamento também traz um dado inédito ao apontar que a eleição deste ano será a primeira em que ocorrerão candidaturas exclusivamente femininas em 101 cidades, sendo que 24 desses Municípios terão candidatura única. O estudo mostra ainda que em 189 cidades do país a quantidade de candidatas mulheres supera a quantidade de homens e que 18% das candidatas concorrem à reeleição.

Perfil 

O estudo mostra o perfil das candidaturas femininas nas eleições deste ano. As candidatas possuem em média 49 anos e os homens 51; 79% concluíram o ensino superior, enquanto o percentual masculino é de 55%. A pesquisa mostra ainda que 56% das candidatas são casadas (homens são 69%) e 18% buscam a reeleição. Por sua vez, no universo masculino dos candidatos, 20% tentam o segundo mandato consecutivo.

A porcentagem chegou a 62% para homens e mulheres que se declararam brancos. Aproximadamente 52% das candidatas a prefeita estão concentradas em cinco partidos: MDB (13%), PT (11%), PSD (10%), PL (9%) e União (9%).

Acesse aqui a íntegra do estudo.

Da Agência CNM de Notícias

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