TIMÓTEO – A depredação do habitat natural faz com que esta espécie | Surubim Doce | tenha dificuldades de sobreviver. Existem denúncias de que as Dragas de mineração são as principais causas, segundo pesquisadores. O Surubim Doce é um peixe que pode alcançar 1,20 metro de comprimento e pesar 22 quilos. Ele é o maior predador da Bacia do Rio Doce, região que compreende o Leste de Minas Gerais e o Espírito Santo. Este “gigante” de hábitos noturno está ameaçado de extinção.
Segundo pesquisadores, o assoreamento do rio, a perda de mata ciliar e, principalmente, as dragas de mineração, são as principais causas do desaparecimento da espécie. O Surubim Doce é encontrado apenas em três pontos do Rio Doce: Rio Piranga (Ponte Nova e Guaraciaba), Rio Santo Antônio (Ferros) e Rio Manhuaçu (Aimorés).
“A principal causa da espécie se encontrar criticamente ameaçada de extinção é a destruição do habitat, visto que o peixe vive em locais com características preservadas, com locas profundas, rochosos e de corredeira. As dragas impactam diretamente nessas características do rio, que são indispensáveis para manutenção do Surubim Doce, visto que a dragagem, além de liberar contaminantes na água, acaba “revirando” os sedimentos do rio e destruindo as locas”, explicou o biólogo Frederico Fernandes Ferreira.
Os pesquisadores entraram em contato com a Prefeitura de Ponte Nova, na Zona da Mata, onde dragas de mineração foram flagradas. Mas, segundo eles, não houve retorno. O JBN também enviou pedido nota à prefeitura, e aguarda um posicionamento sobre a situação.
Projeto Surubim Doce
Conheça as principais características do Surubim Doce. Por causa do risco de extinção, alguns surubins foram capturados e transferidos para o aquário do Zoológico de Belo Horizonte. O objetivo é tentar aumentar essa população em cativeiro e assim repovoar o rio.
“O número de matrizes necessárias para se ter uma variedade genética depende de diversos fatores como encontrar os peixes e fazer o sequenciamento genético deles. Só após esse processo ser executado e o plantel ter um número ideal de peixes, com base nessas informações, poderá ser feito um plano para obter uma reprodução bem sucedida”, explicou o biólogo, informando que o último exemplar de Surubim Doce que chegou ao Aquário do Zoológico de Belo Horizonte, no dia 7 de outubro.
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