REDAÇÃO – As ações para a prevenção e repressão de furtos de água, energia, cobre e equipamentos de telecomunicação foram temas do debate realizado nessa quarta-feira (07/08), no auditório da sede da Copasa. Organizado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o I Seminário Integrado de Combate a Crimes de Infraestrutura de Energia, Saneamento e Telecomunicações é uma das entregas do grupo de trabalho montado pelo Governo de Minas para a realização de operações e desenvolvimento de estratégias preventivas e repressivas de Segurança Pública.
Além da anfitriã Copasa e da Sejusp, participaram do evento a Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público, Cemig, e as empresas do setor de telefonia e Serviço móvel Claro, Oi, Tim, Vivo e Algar, que também foram representadas pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel, Celular e Pessoal (Conexis). Em suas palestras os representantes de cada órgão e empresas envolvidas trouxeram para o debate os desafios enfrentados em suas rotinas, o que cada um já vem realizando e apresentaram as estratégias desenvolvidas para combater essas práticas ilegais.
O diretor de Relacionamento com o Cliente e Regulação da Copasa, Cleyson Jacomini, reforçou a importância do evento. “Quando há uma prática incorreta, como roubos de cabos elétricos, ligações irregulares de água, fraudes em hidrômetros, entre outros, a coletividade é afetada. São milhões de mineiros que têm sua rotina impactada. Por isso, a importância de uma atuação integrada das forças de segurança e das empresas alvos desses tipos de crimes”, ressaltou.
O superintendente da Unidade de Negócios da Metropolitana (UNMT) da Copasa, Ronaldo Serpa, explicou como as fraudes nas redes de água causam desequilíbrio no abastecimento e como prejudicam a recuperação do fornecimento quando há necessidade de manutenção programadas e emergenciais.
O gerente da Unidade de Serviço de Hidrometria e Combate às Perdas (USHP), Valter Lucas, afirmou que o combate ao furto de água contribui bastante para a redução do índice de perda de água na Copasa. Segundo ele, “cerca de 40% do índice total de perdas da empresa é proveniente de fraudes nas ligações. E, apesar de ser passível de punição, o grande foco da Copasa é buscar a regularização desses clientes. Por isso, temos diferentes frentes para mitigar o problema, como o trabalho de conscientização e mobilizações em áreas de vulnerabilidade social”.
O diretor geral da Academia Estadual de Segurança Pública de Minas Gerais (AESP), Marco Matos, ressaltou que essa integração permitirá o desenvolvimento de um trabalho mais coeso, em busca de resultados melhores nas ações de repressão. “Uma frase do mundo tático e operacional das forças de segurança que resumem muito bem o objetivo deste trabalho é: ‘sozinhos somos bons, mas juntos nós somos imbatíveis’. Com esse pensamento, podemos nos unir para reduzir ao máximo esses tipos de crimes”, frisou.
Operação Waterfall
O evento vem ao encontro das ações que a Copasa já vem executando em conjunto com as forças de segurança para reduzir perdas e combater os crimes que afetam os serviços da companhia. A operação Waterfall, já realizada em Montes Claros e na Região Metropolitana de Belo Horizonte, fiscalizou imóveis identificados com suspeitas de fraude, como redes de motéis e de academias de ginástica.
Na RMBH, dos 20 locais vistoriados foram encontradas fraudes em nove deles, nos quais foram realizados os procedimentos operacionais e emitidos os “Termos de Ocorrência de Irregularidade – TOI”, que garantem ao consumidor o direito a ampla defesa.
