BELO HORIZONTE – Dando continuidade à luta em defesa do Parque Estadual do Rio Doce, a Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda), através da sua presidente, Maria Dalce Ricas, enviou ofício à Ministra Marina Silva e a Carlos Henrique Baqueta, Ministro da Agricultura, solicitando suspensão do recurso e que sua liberação seja condicionada à apresentação e aprovação de projeto técnico/ambiental, conforme decidiu o Conselho Consultivo do parque.
A pretensão de prefeitos e políticos da região é abrir ao tráfego a estrada do Salão Dourado, alegando necessidade de encurtar a viagem entre os municípios de Marliéria e Pingo D’Água. Para a Amda, o argumento é malicioso e de má fé, pois a estrada que passa por Revés de Belém também faz a ligação e o tempo de duração é de 12 minutos a menos, além de ser asfaltada.
“Acreditamos que a intenção é facilitar a especulação imobiliária que está acontecendo na Zona de Amortecimento do parque. Ficaria mais fácil vender lotes”, diz Dalce Ricas, superintendente da Amda.
A entidade lembra ainda, no ofício, que o Perd, além de sua importância ambiental é um bem público, sendo dever do Estado protegê-lo. “Destinar recurso público a uma obra que causará gravíssimos impactos à UC, sem as precauções necessárias, não é correto”, reforça Dalce.
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