REDAÇÃO – Já imaginou ter o celular furtado ou roubado em uma grande metrópole e, pouco tempo depois, ser surpreendido com uma notificação da polícia informando que o seu telefone foi recuperado? Entre os dias 10 e 17 deste mês, 337 pessoas que tiveram seus aparelhos subtraídos neste ano em Belo Horizonte receberam essa mensagem da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) enviada por WhatsApp.
Isso é resultado da ação intitulada “Tá Entregue”, lançada pela instituição com o objetivo ampliar o trabalho de localização e recuperação de celulares com registro de furto, roubo ou extravio. Na manhã desta quarta-feira (18/12), os proprietários dos celulares intimados para reaver seus telefones compareceram ao Instituto de Identificação de Minas Gerais (IIMG) para a retirada dos aparelhos.
O governador do Estado, Romeu Zema, esteve no evento promovido para a entrega dos celulares, oportunidade em que ressaltou a atuação das forças policiais no combate ao furto e roubo de telefones em Minas. Ele destacou que, em 2019, foram registradas mais de 100 mil ocorrências no estado e, para este ano, a expectativa é de que esses números fechem em menos de 50 mil.
“Fica aqui o meu apelo para as pessoas que tiverem o celular furtado ou roubado, que façam o BO (Boletim de Ocorrência), porque, caso contrário, a Polícia Civil não tem como localizá-lo”, alertou Zema.
Já a chefe da PCMG, delegada-geral Letícia Gamboge, aproveitou a ocasião para orientar os proprietários dos celulares que foram intimados pela instituição via WhatsApp. “O que recomendamos a todas as vítimas é que sempre certifiquem a autenticidade dessa intimação por meio do site da Polícia Civil, que é o www.policiacivil.mg.gov.br”, reforçou.
Os celulares não resgatados no dia 18 serão encaminhados para o Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), que ficará responsável pela devolução a partir do dia 23 de dezembro deste ano. A unidade policial, com atendimento ao público de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, está localizada na Avenida Amazonas, 7.025, bairro Nova Gameleira, em Belo Horizonte.
Inteligência policial
A ação “Tá Entregue” consiste em um trabalho integrado da Superintendência de Informações e Inteligência Policial (SIIP), da Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária (SIPJ) e da Assessoria de Comunicação da PCMG, com o apoio do Governo do Estado de Minas Gerais.
Nesse primeiro momento, a Polícia Civil identificou celulares com sinalização de furto, roubo ou extravio na capital, entre os meses de janeiro e junho deste ano. Por meio de levantamentos investigativos, as pessoas que estavam em posse desses smartphones foram identificadas e intimadas, resultando no resgate dos celulares.
Reconectados
Renata, que trabalha como analista de sinistros em uma seguradora, foi uma das pessoas que tiveram seu aparelho recuperado na ação “Tá Entregue”. Ela contou que já havia perdido a esperança de reaver o celular, pelo qual ainda estava pagando as parcelas. “Eu fiz todos os procedimentos, mas a pessoa que levou meu telefone não deixou rastros”, disse, acrescentando: “Eu fiquei muito feliz quando recebi a intimação para poder buscar (o celular). Foi um dos dias mais felizes da minha vida”.
O empresário José Raimundo, que também teve o aparelho recuperado, falou da surpresa quando recebeu a intimação da Polícia Civil com as informações para o resgate do telefone. “A princípio achei que era golpe, porque, hoje, estamos sujeitos a tudo. Aí eu me certifiquei de que estava correto”, contou.
Pioneirismo
O projeto estratégico para a recuperação de celulares em grande escala foi executado pela primeira vez pela Polícia Civil do Piauí, em 2023. Em setembro deste ano, uma comissão da PCMG esteve no estado piauiense para conhecer os protocolos que envolvem a execução do projeto, contribuindo dessa forma para o êxito da ação em Minas Gerais.
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