20/09/2024
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Depoimento de Ramagem à PF sobre ‘Abin paralela’ durou quase sete horas

Depoimento de Ramagem à PF sobre ‘Abin paralela’ durou quase sete horas

BRASÍLIA. O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) prestou depoimento por quase sete horas na superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro, na quarta-feira (17). Ele falou sobre o caso da “Abin paralela”, uma suposta estrutura montada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) quando ele chefiou o órgão, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para espionar autoridades, servidores e jornalistas de forma clandestina.

O depoimento foi marcado para começar às 15h, mas Ramagem chegou ao local às 15h20. Ele só deixou a superintendência da PF perto de 22h. De acordo com o jornal O Globo, o ex-chefe da Abin respondeu a cerca de 130 perguntas feitas pelos agentes e negou ter tido conhecimento sobre o esquema de monitoramento ilegal.

Ramagem também responsabilizou o agente Marcelo Araújo Bormevet e o militar Giancarlo Gomes Rodrigues, ambos cedidos para a Abin no governo Bolsonaro, pela espionagem. Em material apreendido, a PF encontrou conversas entre os dois servidores sobre ordens para elaboração de dossiês contra autoridades. A informação também é do O Globo.

Outro assunto abordado pelos agentes da PF foi o áudio apreendido pela PF na casa dele, em 24 de janeiro deste ano, que revela uma reunião entre Raagem, Jair Bolsonaro e o então ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.

Na conversa, eles trataram sobre um plano de monitoramento de três auditores da Receita Federal para blindar o senador Flávio Bolsonaro (PL) no caso das “rachadinhas”. A prática consiste no desvio de dinheiro por meio dos salários de assessores. Os servidores produziram os relatórios que originaram a investigação sobre o esquema na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando Flávio era deputado estadual.

A gravação tem uma hora e oito minutos e foi feita em 25 de agosto de 2020 de forma ilegal. A reunião teria acontecido no Palácio do Planalto, sede administrativa do governo federal em Brasília (DF), e contado com a participação de advogadas de Flávio.

 

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