TIMÓTEO – Um evento especial vai marcar o lançamento do documentário “Pra Ver a Banda Passar – Harmonia e Tradição”, sobre a criação da Banda Santa Cecília, do diretor e cinegrafista Regiano Santiago, o Caju, no próximo sábado (20/07), a partir das 19h30, na Praça do Coliseu, no bairro Timirim, em Timóteo.
Fundada no início dos anos de 1950, por padres católicos, a corporação musical reúne instrumentistas para animar as celebrações, rituais, procissões, missas e até velórios no município de Timóteo. “A minha ideia foi registrar essa memória porque meus tios são músicos da banda há décadas. A banda sempre esteve presente na minha infância. É um fato muito importante na minha vida e um grande patrimônio artístico e cultural da nossa cidade”, afirmou o realizador, que aprovou o projeto na Lei Paulo Gustavo de incentivo à cultura no município de Timóteo.
Tradição e modernidade
Até os anos de 1970, as apresentações da Banda Santa Cecília eram atrações artísticas muito prestigiadas pelo público local e regional. Como disse o atual maestro Gilberto Rosendo, “a cidade só tinha o Cine Marabá, por isso, a banda era muito popular com uma agenda apertada que incluía eventos religiosos e cívicos durante o ano inteiro como o 7 de setembro e outras datas comemorativas”.
Com o passar dos tempos, a Banda Santa Cecília teve que disputar a atenção com as novas possibilidades de entretenimento surgidas na modernidade. Uma das consequências dessa mudança está no repertório. Se antes, a corporação tocava hinos religiosos, marchas fúnebres e dobrados, atualmente, a banda desfila ao som de sucessos de massa como “Mal Acostumado”, do grupo Araketu, e “Evidências”, de Xitãozinho e Chororó.
Tudo isso para “agradar, sobretudo, o público mais jovem”, garante o maestro Rosendo. O líder da entidade ressalta também que os “fãs mais antigos” sempre acompanham a banda. São esses seguidores de décadas que mantêm o interesse sobre essa tradição que completou 70 anos no ano de 2023. Por isso, Rosendo credita toda essa resistência da Santa Cecília ao gosto e às lembranças que foram repassados de pai para filho, ao longo das décadas.
Nos dias atuais, a corporação continua se apresentando em diversos eventos graças ao apoio que recebe da Fundação Emalto, que reformou a sede da entidade e repassa recursos para a compra de uniformes e instrumentos, dentre outras formas de apoio direto e indireto.
Lançamento
De acordo com o diretor Regiano Santiago, o documentário está em processo de finalização de montagem. “Fizemos entrevistas com os instrumentistas e os pioneiros que acompanharam a trajetória da Santa Cecília. Filmamos também algumas apresentações emocionantes que vão mostrar o envolvimento da banda com a cidade”, destacou Caju.
O lançamento oficial do documentário “Pra Ver a Banda Passar – Harmonia e Tradição” será no próximo sábado (20/07), às 19h30, na Praça do Coliseu, no bairro Timirim, com entrada gratuita. O evento também exibirá outra obra audiovisual, o media-metragem “Identidade”, do diretor e cinegrafista Jaydson Alves (Naga), que conta a história de um trabalhador da antiga Acesita, projeto também aprovado na Lei Paulo Gustavo no município de Timóteo.
EQUIPE TECNICA
Filme: “Pra Ver a Banda Passar – Harmonia e Tradição”
Produção executiva: Regiano Santiago (Caju)
Pesquisa história: Ivanuci Karine Gandra
Produção: Iara Neves
Roteiro e Direção: Sávio Tarso e Regiano Santiago(Caju)
Direção de fotografia: Jaydson Alves (Naga) e Reginao Santiago (Caju)
Entrevistas: Sávio Tarso
Câmeras: Regiano Santiago (Caju), Jaydson Alves (Naga), Cleverson Júlio e Alisson Assis
Drone: Cleverson Júlio e Jaydson Alves (Naga)
Assistente de câmera: Thiago José Brandão
Som direto: Samuel Gandra Crus e Arthur Ibrahim
Filmagem bastidores: Lizard Filmes
Edição e finalização: Filipe Oliveira
Assessoria de imprensa: Luiz Fernando
Contabilidade: Samir Cordeiro Martins
Apoio: Caju Films; Lizard Filmes; Equipe 1 filmes; Margaridas Projetos Pra-Vida; Restaurante Sabor da Gente e Sashimir Sushi Bar
Filme: “Identidade”
Direção e roteiro: Naga
Gênero: média-metragem
Duração: aproximadamente 30 minutos
Sinopse: em uma cidade industrial, o filme revela o cotidiano de um operário metalúrgico, abordando assuntos pertinentes como direitos trabalhistas, doenças psicológicas e aposentadoria. Um recorte dos últimos 40 anos do nosso país.
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