22/11/2024
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MPMG lança primeira fase de implantação da política de informação das vítimas de criminalidade

MPMG lança primeira fase de implantação da política de informação das vítimas de criminalidade

Solenidade marcou também o lançamento do Guia Orientativo para a Propositura de Acordo de Não Persecução Penal com Foco nas Vítimas, iniciativa que encerra as inscrições para o programa Compondo em Maio 2024

REDAÇÃO – Foi assinada, na tarde dessa segunda-feira, 10 de junho, na Procuradoria-Geral de Justiça, em Belo Horizonte, instrução normativa que disciplina os parâmetros para desenvolvimento e articulação da Política Institucional de Informação das Vítimas de Criminalidade, uma iniciativa do Centro Estadual de Apoio às Vítimas – Casa Lilian.

Além disso, foi lançado o Guia Orientativo para a Propositura de Acordo de Não Persecução Penal com Foco nas Vítimas. A ideia é que o material possa auxiliar os promotores de Justiça de todo o estado para a garantia do direito das vítimas à reparação, bem como de ser uma porta para que integrantes do MPMG possam promover diálogos com as vítimas de forma empática e compreensível.

A solenidade marcou o encerramento do programa Compondo em Maio 2024, no qual o guia foi inscrito.

Participaram do evento o procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnio; o procurador-geral de Justiça Adjunto Institucional e coordenador-geral do Compor, Carlos André Mariani Bittencourt; a coordenadora da Casa Lilian, Ana Tereza Giacomini; da ouvidora do MPMG, Nádia Estela Ferreira Mateus; do corregedor-geral em exercício, Mauro Flávio Ferreira Brandão; do desembargador do Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais (TJMMG) Fernando Galvão, entre outros integrantes do MPMG e convidados.

A promotora de Justiça Ana Tereza destacou que é urgente e necessário que o olhar se volte para a vítima, enquanto sujeito de direitos. “A Casa Lilian vem trabalhando para que a vítima que sofre os efeitos do crime não tenha seus direitos aniquilados. Precisamos reconhecer o atraso do sistema de Justiça que a conduz a um quadro de quase invisibilidade. Trabalhamos numa perspectiva de atuação centrada na vítima, como foco nas necessidades dela”.

Carlos André complementou dizendo que a mudança de cultura proposta pela Casa Lilian traduz bem a ideia do programa Compondo em Maio. “Essa mudança de cultura também é o que buscamos no Compor, tendo em vista a prática da autocomposição”.

O procurador-geral de Justiça, por sua vez, fez questão de elogiar as iniciativas do Centro Estadual de Apoio às Vítimas. “A Casa Lilian é como uma luz, um sopro de esperança. Por isso, temos a grande responsabilidade de sustentar esse projeto, ampliar essa atuação e, em breve, levar também para fora de Minas Gerais”, pontuou Jarbas Soares Júnior.

Política de informação das vítimas

Segundo a promotora de Justiça Ana Tereza Giacomini , a política se pauta no objetivo de realizar a comunicação assertiva com as vítimas sobre seus direitos e, com isso, auxiliar a promoção de acesso à Justiça de forma adequada e evitar a revitimização.

Na primeira fase da sua implantação, foram desenvolvidos diversos materiais e vídeos com linguagem acessível, com a pretensão de conferir um tratamento digno às vítimas. “Isso assegura a possibilidade de obter um conhecimento maior sobre a Justiça, sobre as etapas para a sua realização e sobre os seus direitos nesse processo”, explica a promotora.

Parte do material foi feito em parceria com o TJMMG e a UFMG.

Acesse aqui a cartilha informativa para as vítimas

Foi vítima de um crime? Saiba o que é o acordo de não persecução penal!

O que é a denúncia?

Compondo em Maio

O Compondo em Maio, lançado em abril, em sua segunda edição, incentiva os órgãos de execução do MPMG a concentrarem a resolução dos procedimentos extrajudiciais e processos judiciais passíveis de autocomposição ao longo do mês. O programa faz parte do calendário oficial da instituição desde o ano passado.

A definição das estratégias de atuação do programa é de responsabilidade do Compor. Neste ano, será repetida a premiação de boas práticas autocompositivas inscritas, realizadas pelo Ministério Público.

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