21/11/2024
18:05

Menina viraliza no Tik Tok por preparar cadáveres para velórios » Portal MaisVip

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A menina que “trabalha com a morte” é uma profissional da tanatopraxia, área que conserva os cadáveres para velórios

Em uma entrevista ao g1, Carina Mattei, conhecida nas redes sociais como Ego, de 22 anos, a profissional de tanatopraxia conta sobre sua profissião e desafios.

Ego produz conteúdo nas redes sociais, princialmente no Tik Tok, tirando dúvidas sobre a morte e características que ela impõe ao corpo de um ser que, há pouco, estava vivo.

Um profissional de tanatopraxia é a última pessoa a ter contato com o corpo antes do velório da família. Por isso, alguns procedimentos são de grande importância para a preparação e conservação dos corpos.

“Essa profissão salva memórias. Eu quero fazer isso”, contou Ego, ao g1.

Carina conta que, mesmo antes de ter muitos seguidores, sempre gostou de gravar sua realidade. Quando começou a trabalhar com corpos e estudar a área, passou a publicar conteúdos sobre o assunto. Dessa forma, com a curiosidade do público, Ego tem quase 300 mil seguidores no Tik Tok.

Entre as curiosidades que Ego aborda, ela conta que durante o preparo, o cérebro é retirado do crânio e transferido para a barriga. Uma vez que, este é um dos primeiros órgãos a passar para o estado líquido, podendo, assim, escorrer pelos orifícios faciais.

“A gente sabe que a família toca [o corpo do morto]. A gente sabe que a família se despede, então é importante [passar pela tanatopraxia]. E no processo normal, sem a tanatopraxia, seria feita a higienização por fora, mas não por dentro”, explicou Ego.

Como a menina que trabalha com a morte conheceu a profissão

Ego conta que seu primeiro contato com a profissão foi no velório do pai.

“Quando cheguei ao velório dele, senti paz. Foi muito louco, porque eu estava em choque, em pânico e chorava muito. E quando cheguei ao velório, que seria um momento de chorar, eu senti paz, senti tranquilidade. Eu o via ali, mas ele estava com um semblante sereno e, ao mesmo tempo, eu tocava nele assim, curiosa, tocava porque é meu pai e, embora fosse ele, eu não o sentia ali”, contou.

Ela afirma que, anos mais tarde, ouviu a palavra “necropsia” e começou a estudar sobre o assunto. Porém, embora seja uma profissão muito digna, ela destaca que ainda existe muito tabu e preconceito com os profissionais da área.

“Eu me recuso a tocar em uma pessoa que trabalha no necrotério”, “ela fala com tanta felicidade”, “ela ainda tem a coragem de usar rosa para parecer inocente”, “eu acho superlegal essa área, mas sei lá, parece que a pessoa fica suja”. Esses são alguns dos comentários deixados nos vídeos de Ego.

Ela, porém, afirma que é trabalhando com a morte que aprendemos sobre a vida. Além disso, destaca que as dificuldades não estão apenas na internet.

“Eu enfrento muitas coisas, sim, na internet. Mas tudo foi estudado e é uma profissão que eu tenho muito amor, muito respeito”, afirmou.

Foto destaque: Reprodução/Fábio Tito

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