(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
O Praia Clube está, pela sétima vez consecutiva, na final do Sul-Americano Feminino de Vôlei. E, desta vez, a classificação foi icônica e na bacia das almas – na noite desta segunda-feira (10/3), o Minas chegou a abrir 2 sets a 0 sobre o arquirrival, mas as uberlandenses foram resilientes e se recuperaram do baque da “zebra” sofrida para o Alianza Lima, do Peru, no domingo (9/3) para virar e vencer por 3 sets a 2 (parciais de 21/25, 11/25, 25/22, 25/19 e 15/7).
O início do clássico “Pão de Queijo” indicava que o Minas iria promover “atropelo” sobre o arquirrival Praia Clube na noite desta segunda-feira (10/3), na Arena UniBH, pela semifinal do Sul-Americano Feminino de Vôlei. O time da casa chegou abrir 2 sets a 0 com um 25 a 11, mas as uberlandenses foram resilientes, conseguiram incrível retomada e se recuperaram do baque da “zebra” sofrida para o Alianza Lima, do Peru, no domingo (9/3) para virar e vencer por 3 sets a 2 (parciais de 21/25, 11/25, 25/22, 25/19 e 15/7).
Com o resultado, o Praia garante vaga no Mundial de Clubes, que será em dezembro, e encerra série de sete classificações seguidas do rival belo-horizontino ao torneio internacional. O time uberlandense busca o tricampeoonato do Sul-Americano.
Na grande final, praianas terão revanche contra o Alianza Lima, que as derrotou por 3 sets a 1 de forma surpreendente na segunda e busca o primeiro título da competição continental. Ao fim da partida, Bruno Vilela, supervisor técnico da equipe do Triângulo Mineiro, chegou a dar bronca no elenco no meio da quadra, disparando contra as atletas e dizendo que o resultado era uma “vergonha” – fato que certamente as abalou para o clássico desta segunda
O jogo
O técnico italiano Nicola Negro escalou o Minas com Thaísa, Júlia JKudiess, Peña, Gleyce, Kisy, Jenna Gray e Kika. Já o Praia Clube, de Marcos Miranda, foi a quadra com Carol Gattaz, Adenizia, Caffrey, Kusnetsova, Nia Reed, Macris e Natinha.
O primeiro set começou equilibrado e teve várias alternâncias de domínio. O Praia começou ligeiramente melhor e chegou a abrir 9 a 6, mas o Minas logo virou e, após sequência de pontos seguidos, abriu 15 a 10. O bloqueio do Minas funcionava bem, enquanto a recepção praiana, ponto fraco do time, ia mal ao ser “forçada” pelo ataque adversário. O clima no Praia começava a ficar tenso – a transmissão do Sportv2 chegou a capturar confronto entre Gattaz e Marcão durante pausa técnica.
A equipe do Triângulo Mineiro reagiu ao melhorar no contra-ataque e buscou o empate (17 a 17), mas o Minas voltou a crescer, abriu vantagem com ascensão de Peña e de Julia Kudiess – a grande bloqueadora do time -. A melhora minas-tenista foi ocasionada pela inversão do 5×1 feita por Nicola, com a entrada de Fran e Amanda. Final: 25 a 21.
O segundo set foi diferente, com domínio completo do Minas, do início ao fim. O time de BH rapidamente abriu 7 a 2, e a vantagem foi só aumentando e terminou em incríveis 25 a 11, a maior vantagem em uma parcial do confronto na temporada. As atletas do Praia pareciam abatidas por tudo que aconteceu na partida contra o Alianza, enquanto o time da Rua da Bahia “desfilava” em quadra e ia bem em todos os fundamentos. As belo-horizontinas continuaram forçando a recepção praiana, e nem mesmo a líbero Natinha, de Seleção Brasileira, conseguia parar os ataques do Minas.
Na terceira parcial, o Praia cresceu com a entrada de Milka, que promoveu os primeiros pontos de saque da equipe no jogo e também foi bem nos bloqueios. O passe do Minas regrediu e Marcão conseguiu equilibrar o fundo de quadra com a entrada de Suellen, mas o time de BH em nenhum momento deixou as praianas abrirem mais de três pontos de vantagem. Na reta final do set, as minas-tenistas voltaram a crescer, viraram o jogo (20 a 19) e levaram a partida para a “trocação”, mas o Praia levou a melhor e venceu por 25 a 23.
No quarto set, o Praia viveu seu melhor momento no jogo. A equipe começou muito bem no ataque e nas recepções, enquanto o Minas parecia abatido pela derrota na parcial anterior e acumulava erros. As praianas chegaram a abrir vantagem de oito pontos (17 a 9) e manteve margem grande até o final, quando o Minas chegou a ensaiar reação, que não foi suficiente para evitar a vitória praiana por 25 a 19.
O Minas se recuperou e começou melhor o tie-break após evolução na defesa – destaque para a líbero Kika, que foi uma das personagens da partida. O Praia logo equilibrou, virou e passou a dominar, abrindo 9 a 4. Abalado, o time da Rua da Bahia não conseguiu se recuperar, sucumbiu ao ataque praiano, acumulou erros e perdeu por 15 a 7.