(foto: Rafael Cyrne/EM/D.A Press)
“Feito histórico”. É assim que a ponteira brasileira Sonaly, do Alianza Lima, classifica a vitória por 3 sets a 1 da equipe sobre o Praia Clube nesse domingo (10/3), pela terceira rodada do Sul-Americano Feminino de Vôlei.
Maior pontuadora da partida, com 18 pontos, a jogadora se converteu em algoz do time uberlandense e, em entrevista após o jogo, explicou a sensação de protagonizar a “zebra” – o Praia era considerado amplamente favorito.
“Foi o que eu falei com as minhas companheiras, a gente conseguiu um feito histórico aqui, porque o Praia é o primeiro colocado da Superliga. Eu tentava falar isso para elas, que são grandes jogadoras. Conheço a maioria das atletas do outro lado. Ver a alegria delas com a vitória foi muito legal”
“Estávamos preparados, sabíamos a importância desse jogo e sabíamos que o Praia era a equipe mais forte, mas a responsabilidade era toda deles, então conseguimos sair com a vitória”, completou.
Qual a melhor camapanha do Alianza em Sul-Americanos
Sonaly ainda disse: “Nem sei dizer se o Alianza já jogou algum Sul-Americano, acho que há muito tempo atrás”.
Embora não se classificasse para o torneio há algum tempo, o time já disputou a competição e teve como melhores campanhas o vice-campenato, em 1994, quando perdeu para o Ribeirão Preto, na final; e o terceiro lugar, em 1993, ano no qual o São Caetano foi campeão e o Minas, vice.
Diferenças entre Superliga e liga peruana
Perguntada sobre as diferenças e disparidades financeiras entre a Superliga brasileira, considerada um dos melhores campeonatos de vôlei do mundo, e a Liga Peruana – considerada por muitos a segunda melhor da América do Sul, embora bem abaixo do Brasil -, Sonaly relatou ter se surpreendido com o nível técnico do campeonato.
“Por curiosidade, há 20 brasileiras jogando no Peru e, se não me engano, três técnicos brasileiros (um deles é Paulo de Tarso, técnico do Alianza). É uma liga que está evoluindo, tem um pouco de dificuldade técnica, faltam algumas coisas, obviamente a Superliga é superior, mas a liga peruana me surpreendeu muito, tanto que conseguimos apresentar esse nível de jogo aqui.”
Sonaly
Carreira de Sonaly
Natural de Fortaleza, capital do Ceará, Sonaly tem 31 anos e já rodou por times do Brasil, da República Tcheca e, agora, do Peru. Veja abaixo a lista de equipes em que ela atuou.
- BNB clube, do Brasil, na temporada 2009/2010
- ADC Bradesco, entre 2010/2011 e 2012/2013
- Grêmio Barueri, em 2013/2014
- São Caetano, entre 2014/2015 e 2015/2016 e entre 2017/2018 e 2019/2020
- Bauru, em 2016/2017
- Rio do Sul, em 2016/2017
- Osasco, em 2020/2021
- Pinheiros, em 2021/222 e 2023/2024
- Brasília, em 2022/2023
- VK Prostějov, da República Tcheca, em 2024/2025
- Alianza Lima, do Peru, em 2024/2025