(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
O Cruzeiro gastou tinta para assinar tantos contratos até o fechamento da primeira janela de transferências do futebol nacional, na última sexta-feira (28/2). Desde o fim da temporada anterior, 11 atletas desembarcaram em Belo Horizonte para reforçar o clube em 2025. Alguns custaram milhões aos cofres celestes, a maioria, entretanto, chegou de graça.
Em meados de dezembro de 2024, a Raposa anunciou a contratação de Christian, ex-Athletico-PR. O volante custou cerca de R$ 18 milhões. Logo em seguida, o clube oficializou a chegada de Rodriguinho. O meio-campista chegou sem custos. Ambos têm vínculo até o fim de 2027.
Pouco tempo depois, o rosto de Dudu estampou as redes sociais do Cruzeiro. Como o atacante estava livre no mercado, o clube não precisou comprá-lo de outra equipe. As partes firmaram contrato também por três temporadas. O contexto da chegada de Bolasie é o mesmo. A diferença é que o atacante congolês fica em Belo Horizonte até o fim do ano.
Na virada do ano, o Cruzeiro deu fim ao principal mistério da janela de transferências ao anunciar a contratação de Gabi. Já sem contrato com o Flamengo, também não teve custo, e assinou por quatro anos. O meio-campista Eduardo não renovou com o Botafogo e fechou com a Raposa de graça.
Posteriormente, o clube oficializou a contratação do lateral-direito Fagner, do Corinthians, e do atacante Marquinhos, que pertence ao Arsenal, por empréstimo. Ambos permanecem na capital mineira por uma temporada.
Já em janeiro de 2025, o Cruzeiro consultou o Flamengo por Fabrício Bruno. Pagou algo em torno de R$ 43,7 milhões para contar com o zagueiro por quatro anos.
Com a temporada em andamento, o zagueiro João Marcelo se lesionou. Se a ideia era não ir ao mercado, os planos foram refeitos. Com o aval de Leonardo Jardim, novo treinador, a Raposa acordou a chegada de Mateo Gamarra, do Athletico-PR, por empréstimo. Na negociação, enviou o atacante Tevis.
Depois da fatídica eliminação no Campeonato Mineiro, o comandante português exigiu à diretoria um reforço que pudesse cobrir os extremos do ataque. O clube, então, buscou o atacante Wanderson, que pertencia ao Internacional, para compor o elenco até o fim de 2027. Ele sanou dívida de R$ 2,8 milhões dos gaúchos aos mineiros pela compra do atacante Wesley, em fevereiro de 2024.
As cifras referentes ao pagamento pelos direitos econômicos do zagueiro Lucas Villalba também entram na conta. No fim do ano passado, a Raposa pagou cerca de R$ 5 milhões ao Argentinos Juniors para contar com o defensor até o fim de 2026. Ele assinou por empréstimo com o clube mineiro ainda no início de 2024 e, por isso, não entra na lista de reforços.
Quanto o Cruzeiro investiu em contratações?
Ao somar os valores detalhados anteriormente, é possível afirmar que o Cruzeiro gastou cerca de R$ 66,7 milhões com contratações desde o fim da temporada anterior. O número indicado diz respeito ao gasto divulgado e direto com determinados jogadores, sem considerar luvas, metas e comissões que norteiam todos os negócios.
Em entrevista recente ao Donos da Bola, Pedro Lourenço, sócio majoritário da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) da Raposa detalhou que, devido às aquisições de peso, os vencimentos mensais ultrapassam os R$ 20 milhões. Ele prevê necessidade de investir cerca de R$ 300 milhões no clube ao longo do ano, além de precisar arcar com os prazos na Recuperação Judicial, homologada quando Ronaldo Fenômeno era o principal gestor.
Ciente do poderio técnico, Pedrinho definiu as metas desportivas: “Pedi duas coisas: a (vaga na) Libertadores e pelo menos um título. E espero entregar para o nosso torcedor, merecem. Montamos um grupo forte, o Jardim mesmo reconhece que é muito bom. Quero voltar à Libertadores e precisamos ganhar ao menos um desses três títulos”.
Sem a final do Campeonato Mineiro à vista, a Raposa tem pela frente a Copa do Brasil, a Copa Sul-Americana e o Campeonato Brasileiro em 2025.
