(foto: Ramon Lisboa/EM D.A Press)
O técnico Leonardo Jardim estipulou um prazo para que o Cruzeiro seja mais competente e apresente evolução em vários aspectos. Ele acredita que o time alcançará um nível que agrade aos torcedores dentro de um ou dois meses. A declaração foi dada após o empate por 1 a 1 com o América, neste domingo (16/2), no Mineirão, pelo jogo de ida da semifinal do Campeonato Mineiro.
Jardim valorizou o empenho dos atletas no clássico, mas admitiu que o rendimento ainda está longe do esperado pelos adeptos celestes. A Raposa teve 52% de posse de bola diante do Coelho, com cinco finalizações certas e seis erradas.
O único gol cruzeirense saiu aos 41 minutos do primeiro tempo, em pênalti convertido por Gabigol. O time ainda levou perigo na etapa complementar com Matheus Pereira, que exigiu grande defesa de Matheus Mendes em arremate de fora da área, e Matheus Henrique, que acertou a trave direita do goleiro americano.
“Acredito que em um ou dois meses, a equipe será mais competente e terá mais qualidades em vários aspectos. Em finalização, na capacidade de decisão, no último passe, em termos de saída de bola também. Para sair bem, temos que estar bem posicionados. E em muitas vezes não ocupamos bem os espaços, ficam dois no mesmo espaço. Mas isso é um processo. Não é fácil. Não é estalar os dedos para vir amanhã e aparecerem os resultados. Mas os jogadores tentaram”.
Leonardo Jardim, técnico do Cruzeiro
Ao escalar o Cruzeiro neste domingo (16), Jardim optou por uma linha de três no meio-campo: Lucas Romero, Matheus Henrique e Eduardo. Assim, o setor ofensivo foi composto por Matheus Pereira, Dudu e Gabigol.
O técnico português escolheu essa formação para neutralizar as transições ofensivas do América. A ideia é que os atletas ganhem entrosamento e se adaptem a um estilo dinâmico com a bola no pé e efetivo no momento de definição de jogadas.
“O ideal do Cruzeiro ainda está muito longe. O ideal nós temos que construir. Em relação à estratégia, nós sabíamos que o América tinha feito muita transição no primeiro jogo. Fizeram quatro ou cinco transições muito boas no meio e criaram desequilíbrio ao Cruzeiro (…). Hoje, jogamos com três jogadores no meio. E Dudu de um lado, Matheus do outro e Gabigol na frente. Mas o futebol não é estático. É isso que pretendo, ter essa dinâmica. Tem que haver cultura tática para jogar de forma positiva com a bola, de forma quando perder a bola estar equilibrado. E pouco a pouco ser mais efetivos na zona de finalização”.
Setor defensivo
Defensivamente, o Cruzeiro sustentou os avanços do América, porém acabou castigado por um desvio aos 31 minutos do segundo tempo. A bola chutada por Cauan Barros mudou de trajetória ao resvalar no zagueiro Jonathan Jesus e enganou o goleiro Cássio. Para Leonardo Jardim, os gols sofridos são frutos de descuidos momentâneos, e não pela capacidade de criação do adversário.
“A parte defensiva com certeza tem que melhorar. Mas não é por criação de muitas situações ofensivas pelos adversários. Os adversários quase não tiveram situações. Houve um chute, a equipe se posicionou mal quando rodamos, os médios não saíram na pressão, foram dois na mesma bola, e aí criou um certo problema. Com certeza queremos corrigir e ser mais eficazes, mas quando se fala em parte defensiva, a equipe precisa defender em um bloco. Daí veio uma infelicidade, em que a bola desviou e traiu o guarda-redes”.