(foto: Divulgação / Bahia)
O ex-atacante do Atlético Ademir, atualmente no Bahia, revelou nesta sexta-feira (14/2) que teve o número de telefone vazado e foi ameaçado por torcedores de time rival.
Após empate por 0 a 0 entre a equipe do atleta com o Vitória, em 1º de fevereiro, pela sexta rodada do Campeonato Baiano, o meio campista do Leão Gabriel Baralhas afirmou que o camisa 7 do Bahia teria se referido ao clube rival como ‘time pequeno’.
Com isso, parte da torcida do rubro-negro baiano se revoltou com Ademir e mandaram mensagens para o jogador nas redes sociais e telefone.
O jogador se manifestou sobre o caso por meio de nota publicada nas redes sociais e criticou a atitude das pessoas que o atacaram virtualmente.
“Depois de uma mentira envolvendo o meu nome viralizar nas redes sociais. Meu número foi compartilhado em grupos de torcida na noite de ontem e passei a receber uma série de mensagens ofensivas. Os ataques rapidamente passara de ofensas para ameaças contra mim e a minha família até chegar em racismo”, afirmou.
“Tudo isso ultrapassa qualquer limite e não pode ser normalizado no futebol ou em nenhum outro lugar. Rivalidade faz parte do jogo, mas racismo e ameaças são inaceitáveis. Por isso, eu sempre lutarei contra o preconceito e, principalmente, pela segurança e integridade física da minha família”, adicionou.
“Eu nunca fui um atleta de provocação e seguirei dessa forma, horando a camisa do Bahia com responsabilidade. É lamentável ver uma fala distorcida e, pior, sendo usada como combustível para discursos de ódio e violência. O futebol é paixão, disputa e rivalidade, mas nunca pode ser sinônimo de de ameaça e preconceito. Nunca vou aceitar esse tipo de ataque e, por isso, já estou tomando as medidas necessárias para que os envolvidos sejam identificados e respondam na justiça pelo que fizeram”, finaliza.
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Ademir em América e Atlético
Ademir atuou no América entre 2018 a 2021. Foram 32 gols em 121 jogos. Ele foi protagonista do Coelho na Série A de 2021 ao marcar 13 gols em 31 partidas.
No Atlético, o ‘Fumacinha’, como foi apelidado em Belo Horizonte, viveu uma trajetória de altos e baixos. Marcou gols importantes (em clássicos e na Libertadores), mas sofreu com as críticas pelo desempenho nas finalizações e teve até mesmo um episódio de ameaça de torcedores em suas redes sociais.
Com a camisa preta e branca foram 67 jogos, oito gols marcados, uma assistência e dois títulos: o Campeonato Mineiro e a Supercopa do Brasil – ambos em 2022. Sem muitas oportunidades com o técnico Eduardo Coudet, o velocista deve mesmo ser negociado.