(foto: Reprodução)
Mauro Cezar Pereira respondeu aos ataques de Jorge Iggor em polêmica sobre a apresentação de Neymar no Santos. Em entrevista ao Charla Podcast, nessa terça-feira (11/2), Mauro afirmou que não se emocionou na final da Copa do Mundo de 2022, como foi acusado pelo desafeto, afirmou que a crítica a Jorge Iggor, que chorou no retorno do atacante à Vila Belmiro.
“Primeiramente, eu não torço por seleção alguma. Eu torço por Flamengo e Racing. Na final da Copa do Mundo, o que eu fiz foi relatar a emoção que presenciei. O nosso papel é relatar, e isso eu fiz. O nosso trabalho A minha emoção não importa”, iniciou Mauro, ex-ESPN e atualmente em Uol Esporte e Jovem Pan.
“Eu fiz o comentário a partir de um vídeo que eu vi, que um amigo jornalista me enviou, e um elemento de outro canal achou que era para ele. Não era para ele. Eu não o assisto e não me importa o que ele fala. Ele tem uma carência. Ele dispara uma série de ofensas, mas não fala o nome. Todo mundo entende que é para mim. Se tivesse coragem, ele falaria o nome, mas não fala. Mas tudo bem. Coitado, deve estar precisando de alguma ajuda, não sei de que tipo”, disparou.
“Foi uma crítica até construtiva. O nosso papel é relatar a emoção. O jornalista não é protagonista dos fatos. Ele é o emissário da notícia e da informação. E da análise, se ele estiver no papel de analisar. Em situações específicas, a gente entender o repórter se emocionar, como no desastre da Chapecoense ou no incêndio no Ninho do Urubu”, concluiu Mauro.
Atrito entre Mauro Cezar e Jorge Iggor
Durante a transmissão apresentação de Neymar no Peixe, em 31 de janeiro, Jorge Iggor se emocionou enquanto narrava os acontecimentos. A postura do jornalista foi criticada, de maneira indireta, por Mauro Cezar.
“Qualquer crítica ou questionamento sobre uma contratação como esta gera haters. Tinha jornalista chorando lá. Pelo amor de Deus, gente. O pessoal é escalado para cobrir a chegada de um jogador e entra na televisão chorando. ‘Ah, não sei o que. Emoção’. Cara, não dá. Esse tipo de coisa não dá. E não tem um chefe para falar ‘meu filho, não pode ser assim’. Então desce para arquibancada. Todo mundo tem um time, mas diante do microfone, você tem que manter o mínimo de postura profissional. Isso tudo vai questionando as pessoas” disse Mauro na Jovem Pan.
Jorge Iggor, então, publicou um vídeo em resposta à crítica do colega de profissão.
“Estou cansando de pilantragem e hipocrisia em rede social. Ainda vende muito. O pilantra ainda se dá muito bem na rede social, mas cada vez mais o pilantra é confrontado com as suas próprias incoerências. Está por aí. É todo dia. Eu fico muito feliz de estar do outro lado. O pilantra não se emociona ou acha válida apenas a emoção que o interesse? Problema dele. Eu acho que futebol é emoção e eu pauto meu trabalho dessa forma”, disse
“Eu faço as transmissões sempre voltadas para emoção e eu acho que me cerco de referências muito melhores que referências pilantras que tem por aí. Eu prefiro chorar de emoção. Uma emoção genuína e honesta do que chorar de raiva de ter um pilantra dividindo transmissão comigo”, atacou.
Após a reestreia pelo Santos, no dia 5 de fevereiro, Neymar mandou um recado direto a Jorge Iggor, que narrou a partida pela TNT Sports.
“Jorge, desde já, parabéns pelo vídeo que você falou. Tenho certeza que você é um grande narrador, que faz dessas narrações uma emoção diferente e verdadeira. Obrigado pelo vídeo e pelas palavras, fico muito feliz de ter um cara como você narrando esses momentos incríveis. Não só meus como de todos jogadores brasileiros e internacionais. É incrível ter sua voz nos jogos. Parabéns”, disse o camisa 10 ainda no gramado da Vila Belmiro.
Desavença antiga
Esse não é o primeiro atrito público entre os jornalistas. Em 2024, durante as fortes chuvas no Rio Grande do Sul, Mauro se posicionou contra a paralisação do Campeonato Brasileiro e comparou as enchentes com tempestades que afetaram a cidade de Petrópolis (RJ) em 2022.
Jorge Iggor discordou do companheiro de profissão e afirmou que a comparação era “intelectualmente vagabundagem”.
Mauro retrucou e disse que a critica sobre sua afirmação vinha de “gente inexpressiva no universo da comunicação”.