22/11/2024
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Documento revela como Atlético se defendeu de acusações de manipulação de Textor; leia < No Ataque

Jogadores de Atlético e Botafogo disputam bola (foto: Pedro Souza/Atlético)

Documento divulgado nesta sexta-feira (5/7) pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) revela como o Atlético se defendeu das acusações de ter sido beneficiado feitas pelo dono do Botafogo, o estadunidense John Textor.

Com base em um relatório da empresa Good Game, o dirigente afirmou que o Galo havia sido beneficiado pela anulação supostamente indevida de um gol botafoguense na partida entre as equipes pelo segundo turno do Campeonato Brasileiro de 2023.

O jogo em questão foi disputado no dia 16 de setembro daquele ano, na Arena MRV, em Belo Horizonte, pela 23ª rodada da Série A. O Atlético venceu por 1 a 0, com gol de Paulinho.

Aos 43 minutos do segundo tempo daquela partida, o centroavante Diego Costa – à época no Botafogo – marcou o que seria o gol de empate. Em campo, o assistente Bruno Raphael Pires assinalou impedimento. O VAR avaliou a jogada e corroborou a decisão. Então, o árbitro Ramon Abatti Abel deu reinício à partida, para ira dos botafoguenses.

(foto: Vitor Silva/Botafogo)
(foto: Vitor Silva/Botafogo)

Como o Atlético se defendeu?

O responsável por falar em defesa do Atlético foi o CEO Bruno Muzzi. Em resposta ao STJD – que averiguava as acusações do dono do Botafogo -, o dirigente atleticano disse desconhecer “os fatos imputados por Textor e destaca que a produção de provas é responsabilidade do acusador”.

“O clube também aponta que os métodos de análise utilizados no relatório são complexos, exigindo sistemas ou empresas altamente especializadas para uma possível contraposição”, lê-se no documento do STJD.

“Por fim, o Atlético Mineiro destaca a importância da vigilância constante dos princípios fundamentais do esporte conforme a Lei Geral do Esporte e afirma que, no momento, não dispõe de elementos suficientes para uma análise técnica do laudo apresentado, reservando-se o direito de contestá-lo em momento processual oportuno”, completa.

Leia na íntegra o trecho do documento que traz a defesa do Atlético

O Atlético Mineiro, através de seu Diretor-Presidente Bruno Muzzi, respondeu ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) em relação às acusações de manipulação de resultados feitas pelo sócio majoritário do Botafogo, Sr. John Textor. As acusações de Textor baseiam-se em relatórios da empresa “Good Game”, que alegam manipulação de arbitragem, incluindo uma partida entre Atlético e Botafogo em 16.09.2023, onde o Atlético teria sido beneficiado. O Atlético Mineiro declara não ter conhecimento dos fatos imputados por Textor e destaca que a produção de provas é responsabilidade do acusador. O clube também aponta que os métodos de análise utilizados no relatório são complexos, exigindo sistemas ou empresas altamente especializadas para uma possível contraposição. O Atlético ressalta a gravidade das acusações, afirmando que a elucidação é de interesse de todos os envolvidos no futebol que prezam pela lisura e transparência no esporte. Por fim, o Atlético Mineiro destaca a importância da vigilância constante dos princípios fundamentais do esporte conforme a Lei Geral do Esporte e afirma que, no momento, não dispõe de elementos suficientes para uma análise técnica do laudo apresentado, reservando-se o direito de contestá-lo em momento processual oportuno.

Pedido de suspensão a Textor

O teor defesa do Atlético foi divulgado em ocasião de uma decisão do STJD sobre o ‘caso John Textor’ nesta sexta-feira. O tribunal concluiu o inquérito sobre as denúncias de supostas manipulações de resultados no Brasileirão de 2023, feitas pelo dirigente botafoguense.

O auditor do STJD responsável pelo relatório diz que a entidade julgou as provas de Textor – baseadas em inteligência artificial – como “imprestáveis” e pontuou que a acusação se trata de ilícitos desportivos contra a hora de sete entidades desportivas, nove atletas e nove árbitros.

Por isso, sugere que Textor seja suspenso por seis anos e receba uma multa de R$ 2 milhões.

O STJD preservou os nomes de atletas e árbitros citados no relatório (acusados por Textor, mas transformados em vítimas pelo julgamento do tribunal). Porém, com simples técnicas de informática (copia e cola), foi possível descobrir de quem se trata.

Clubes

  • Palmeiras
  • Grêmio
  • Bahia
  • Flamengo
  • Atlético
  • São Paulo
  • Fortaleza

Jogadores

  • Juninho Capixaba (à época no Fortaleza, atualmente no Red Bull Bragantino)
  • Tinga (Fortaleza)
  • Marcelo Benevenuto (à época no Fortaleza, atualmente no Coritiba)
  • Fernando Miguel (à época no Fortaleza, atualmente no Ceará)
  • Diego Costa (São Paulo)
  • Rafinha (São Paulo)
  • Gabriel Neves (à época no São Paulo, atualmente no Independiente)
  • Beraldo (à época no São Paulo, atualmente no PSG)
  • Caio Paulista (à época no São Paulo, atualmente no Palmeiras)

Árbitros

  • Raphael Claus (citado duas vezes)
  • Ramon Abatti Abel
  • Rodrigo José Pereira de Lima (citado três vezes)
  • Rafael Rodrigo Klein
  • Rafael Traci
  • Wagner do Nascimento Magalhães
  • Sávio Pereira Sampaio

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