22/11/2024
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Cruzeiro: campeão da Tríplice Coroa reforça time da 2ª Divisão da Bahia

Cruzeiro: campeão da Tríplice Coroa reforça time da 2ª Divisão da Bahia

Cruzeiro: campeão da Tríplice Coroa reforça time da 2ª Divisão da Bahia (Time do Cruzeiro em 2003)

Um dos destaques do Cruzeiro em 2003, ano da conquista da Tríplice Coroa (Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro), o volante Augusto Recife, de 40 anos, foi contratado pelo Porto Seguro, que disputa a Segunda Divisão do Campeonato Baiano.

“Eu vi a chama reacender, a motivação triplicou. Estou bastante animado e esperançoso para que em um futuro próximo a gente possa conquistar algo aqui”, disse o volante, em entrevista ao ge.

Augusto Recife exaltou o projeto do Porto Seguro. “Eu falo para os meninos que a chama reacendeu pelo que foi me passado de projeto, e o projeto não é da boca para fora. É visível, é palpável, e eu estou vendo aqui de perto. A chama reacendeu pela estrutura, por alguns jogadores que aqui estão. Isso te motiva, e eu acordo hoje todos os dias feliz. Quando você perde esse prazer você fica até rabugento, reclamão. E eu, pelo contrário, vi a chama reacender, a motivação triplicou”.

Recife já disputou quatro jogos pelo Porto Seguro nesta temporada (três empate e uma derrota).

Augusto Recife no Cruzeiro

Augusto Recife jogou pelo Cruzeiro entre 2001 e 2006. Além das conquistas de 2003, o camisa 5 venceu os estaduais de 2004 e 2006, o Supercampeonato Mineiro de 2002 e a Copa Sul-Minas de 2002.

Ao todo, Recife participou de 199 jogos pelo Cruzeiro, colaborando com três gols e sete títulos.

“Eu falo que foram quatro anos maravilhosos pelo Cruzeiro. Trazem-me a lembrança de dezembro de 1997 para 1998, quando eu saí de casa. Quando eu garanti minha vaga como titular do time principal do Cruzeiro eu percebi que valeu a pena”, disse.

Recife relembra o time de estrelas montado pelo Cruzeiro em 2001.

Recife - (foto: Paulo Filgueiras / EM DA PRESS)

Augusto Recife, volante que brilhou no Cruzeiro(foto: Paulo Filgueiras / EM DA PRESS)

“Existiu o Real Madrid galáctico, mas também teve o Cruzeiro galáctico. O Cruzeiro contrata Edmundo, o finado Rincón, tem o Oseas, o Rodrigo… Jogadores que eu só via na TV. Eu tive minha primeira oportunidade no profissional em 2001, e encontro o Sorín, o Alex, que foi uma das pessoas que mais me ajudaram no profissional. A ficha não cai. E Deus é tão bom comigo que, por incrível que pareça, o primeiro jogo que fui relacionado foi na Ilha do Retiro, contra o Sport”.

Augusto Recife recorda que o Cruzeiro perdeu peças importantes em 2004, acabando com o time campeão da Tríplice Coroa.

“Mas em 2004 tivemos um início de ano bastante conturbado. Especulações de jogadores, saídas… A base do nosso time de 2003 foi desfeita. Já no Mineiro teve a saída do Vanderlei Luxemburgo, após uma discussão com a diretoria e com os irmãos Perrella. Mas antes dele já tinha saído o Aristizábal, que teve até uma passagem pelo Vitória. Ele era um dos nossos líderes, era o cara que animava o ambiente. Saiu o “Ari” e chegou o Rivaldo, através do Vanderlei. Aí depois teve a discussão do Vanderlei com os Perrella, numa quarta-feira. No domingo era o clássico, mas Vanderlei saiu antes, e a gente foi para o clássico todo quebrado e cheio de dúvidas. Acabou que fomos para o clássico e tomamos 5 a 3″.

“Não conseguimos começar bem o Campeonato Mineiro, mas demos a volta por cima e fomos campeões com o PC Gusmão, auxiliar de Luxemburgo na época. Depois iniciou o Brasileiro e, nas oitavas de final da Libertadores, perdemos a classificação. Aí a gente inicia o Brasileiro mais ou menos, o Alex sai, e o Emerson Leão assumiu o lugar de PC por escolhas da diretoria. Aí o Leão veio e implantou outro estilo de jogo, com o qual não estávamos acostumados”, acrescentou.

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